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Qual o número do presidente Jair Bolsonaro nas eleições 2022?

A menos de 24 horas desta etapa, você sabe qual é o número do atual presidente a ser digitado na urna eletrônica?

Jair Messias Bolsonaro: atual presidente do Brasil, Bolsonaro concorre à reeleição (SERGIO LIMA/AFP/Getty Images)

Jair Messias Bolsonaro: atual presidente do Brasil, Bolsonaro concorre à reeleição (SERGIO LIMA/AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2022 às 12h16.

Última atualização em 29 de outubro de 2022 às 12h18.

O segundo turno das Eleições 2022 será neste domingo, 30, e a votação ficará disponível para eleitores de todo o Brasil das 8h às 17h, no horário de Brasília. A menos de 24 horas desta etapa, você sabe qual é o número do atual presidente, candidato do PL, a ser digitado na urna eletrônica?

Para quem deseja votar no presidente Jair Messias Bolsonaro, basta digitar "22" na urna, o número do PL para 2022.

LEIA TAMBÉM: Apuração do 2º turno das eleições 2022 para presidente na Exame

Jair Bolsonaro: o presidente na briga pela reeleição

Dos 67 anos completados em março, Jair Messias Bolsonaro contabiliza 34 anos na política, com a pretensão de se reeleger presidente da República em outubro e prolongar esse período por mais quatro anos. Eleito pelo PSL em 2018, agora ele tenta renovar o mandato pelo PL, sigla à qual se filiou em novembro de 2021, em busca de mais recursos para a campanha e tempo de

Apesar de ter vencido as eleições de 2018 com poucas verbas e com discurso contrário à "política tradicional", fazendo ataques ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro hoje não nega que é do Centrão e não tem nenhum apego a legendas -- já esteve em nove desde 1988, quando conseguiu o primeiro cargo público: vereador no Rio de Janeiro, pelo Partido Democrata Cristão (PDC).

Capitão reformado do Exército, formado em 1977 na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e mestre em saltos pela Brigada Paraquedista do Rio de Janeiro, o presidente se apoia no eleitorado conservador e militar desde o início da carreira política e defendeu os direitos da classe durante todos os mandatos.

Depois de cumprir dois anos do mandato de vereador, foi em 1991 que Bolsonaro assumiu pela primeira vez a cadeira de deputado federal. Depois, foi reeleito mais seis vezes para o mesmo cargo, tendo sido o deputado mais votado no Rio de Janeiro em 2014, com bandeiras que incluíam melhoria salarial para os militares, fim da estabilidade dos servidores e controle da natalidade, além da revisão das terras ocupadas pelos índios ianomâmis.

O histórico de Bolsonaro na Câmara é mais marcado por polêmicas e trocas de partido do que pelo êxito em aprovar propostas. Considerado um representante do "baixo clero", ele apresentou 162 projetos de lei, muitos deles sobre segurança pública, mas apenas dois foram aprovados pelo plenário.

Mesmo assim, Bolsonaro se tornou um fenômeno nas redes sociais. Hoje, ele tem 19,6 milhões de seguidores no Instagram, 14 milhões no Facebook e 7,6 milhões no Twitter. É por essas redes, e por um canal bastante movimentado no Telegram, que ele faz boa parte da comunicação de atos do mandato.

Com a força nas redes sociais, Bolsonaro conseguiu surfar na onda antipetista e se eleger presidente em 2018, mesmo com um plano de governo enxuto e sem participar de debates, depois de levar uma facada durante um ato de campanha, em Juiz de Fora, em 6 de setembro daquele ano.

Na disputa com Fernando Haddad (PT), Bolsonaro recebeu 57,7 milhões de votos no segundo turno, o apoio do equivalente a 55,13% do eleitorado. No discurso da posse, em 1º de janeiro de 2019, pediu a ajuda dos parlamentares para libertar o país "do jugo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e da submissão ideológica".

Ao assumir o Palácio do Planalto, fez questão de colocar militares em ministérios e cargos estratégicos, o que resultou em uma representação da categoria no Executivo superior à vista durante os governos militares na ditadura. A configuração dos ministérios mudou após o alinhamento maior do governo com o Centrão, a partir de 2020, quando precisou garantir melhor governabilidade.

Em seu governo, ele se propôs a ir além das pautas de costumes, como combate à "ideologia de gênero", e prometeu uma política econômica liberal ao colocar Paulo Guedes no Ministério da Economia. Conseguiu vitórias em algumas questões, como a aprovação da reforma da Previdência, mas pouco avançou na agenda de privatizações.

Além da reforma da Previdência, o governo Bolsonaro conseguiu aprovar a autonomia do Banco Central, mas não teve força política para consolidar as reformas tributária e administrativa. Outra promessa de governo que ficou sem resolução era "promover crescimento econômico com inflação baixa".

A aprovação do auxílio emergencial aos desassistidos durante a pandemia de covid-19 é considerada uma das vitórias de Bolsonaro no governo. A gestão da pandemia, entretanto, foi repleta de dificuldades. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid pediu o indiciamento do presidente e de ministros por crimes cometidos durante a pandemia. 

Quem ficou na frente no 1º turno?

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) disputarão o segundo turno da eleição presidencial. Com 100% das urnas apuradas, Lula ficou com 48,43% dos votos válidos, e Bolsonaro, 43,20%, na votação do primeiro turno, realizado no domingo, 2.

Veja os detalhes do resultado

Para vencer em primeiro turno, um candidato precisaria de 50% dos votos válidos mais um, excluindo brancos e nulos.

  • Simone Tebet (MDB) teve 4,16% dos votos válidos;
  • Ciro Gomes (PDT) teve 3,04%;
  • Votos nulos e brancos somam 4,20%.

LEIA TAMBÉM: Simone Tebet apoia Lula no segundo turno

Quando será o 2º turno das Eleições 2022?

Para os cargos de presidente e de governador, quando nenhum dos candidatos atinge 50% mais um dos votos válidos, a eleição vai para o segundo turno. Em 2022, a segunda etapa de votação é no dia 30 de outubro. Diferentemente de outros anos, para esta eleição, o fuso horário para a votação é um só em todo o país, o de Brasília, das 8h às 17h.

Quem não votou no 1º turno, pode votar no 2º?

O eleitor que não votou no primeiro turno das eleições de 2022 pode e deve votar no segundo turno. Segundo o TSE, cada turno é tratado como uma eleição independente pela Justiça Eleitoral. Isso significa que uma pessoa que não votou no primeiro turno não é proibida de ir às urnas no segundo, desde que seu título eleitoral esteja regular.

Quais cargos serão votados no 2º turno das eleições 2022?

O segundo turno é somente para cargos de governador e presidente, caso nenhum candidato atinja 50% mais um dos votos válidos. Para estado sem segundo turno, há votação somente para presidente.

Nas eleições de 2022, doze estados vão ter a definição em uma segunda etapa: São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Alagoas, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Santa Catarina, e Rondônia.

Qual a ordem de votação?

  • Governador: dois dígitos
  • Presidente: dois dígitos

Não foi votar? Como justificar ausência do voto

Quem não pode justificar a ausência no dia do primeiro turno da eleição, tem o prazo de até 60 dias após cada turno para regularizar a situação eleitoral sem o pagamento da multa. Os canais para realizar o procedimento online são o e-Título e o Sistema Justifica. Nesse caso, além de preencher o requerimento, é necessário anexar documentos que comprovem o motivo alegado, pois a justificativa não é automática e poderá ser ou não concedida pelo juiz eleitoral.

O que explica a diferença entre pesquisa e resultado das eleições?

Indecisos e migração de eleitores. Essas duas variáveis são as hipóteses apontadas por institutos de pesquisas eleitorais para explicar a diferença entre o que as sondagens indicavam e o resultado das urnas no primeiro turno das eleições 2022.

Há um ainda um terceiro elemento, menos determinante, mas também com algum grau de impacto: a falta de um Censo atualizado. A metodologia das pesquisas eleitorais leva em conta os dados oficiais para retratar, proporcionalmente, a cara do Brasil.

O último Censo demográfico foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. Em 2020 havia a previsão de uma nova rodada de entrevistas para entender o perfil dos brasileiros, mas a realização da pesquisa foi suspensa por conta da pandemia de covid-19. Em 2021, cortes orçamentários suspenderam a realização, mas o Supremo Tribunal Federal obrigou o governo a fazer o Censo, cuja coleta começou neste ano.

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