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Qual o número do ex-presidente Lula nas eleições 2022?

A menos de 24 horas desta etapa, você sabe qual é o número do candidato petista a ser digitado na urna eletrônica?

 (Ricardo Stuckert/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2022 às 12h25.

Última atualização em 29 de outubro de 2022 às 12h26.

O segundo turno das Eleições 2022 será neste domingo, 30, e a votação ficará disponível para eleitores de todo o Brasil das 8h às 17h, no horário de Brasília. A menos de 24 horas desta etapa, você sabe qual é o número do candidato petista a ser digitado na urna eletrônica?

Para quem deseja votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, basta digitar "13" na urna, o tradicional número do Partido dos Trabalhadores (PT).

LEIA TAMBÉM: Apuração do 2º turno das eleições 2022 para presidente na Exame

Luiz Inácio Lula da Silva: em busca do terceiro mandato

Presidente do Brasil entre 2003 e 2011, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta um terceiro mandato nas eleições de 2022. O ex-presidente lidera nas pesquisas de intenções de voto desde que teve a candidatura autorizada, em março de 2021, depois de decisões da operação Lava Jato contra ele serem anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A trajetória política de Lula começou em São Paulo, embora ele tenha nascido em Garanhuns, Pernambuco. O sétimo de oito filhos, Lula migrou quando criança com a família para terras paulistas. Foi criado sobretudo pela mãe, conhecida como dona Lindu.

Lula teve profissões que foram de engraxate a auxiliar de escritório, e foi por mais de uma década torneiro mecânico em fábricas, quando se aproximou do movimento sindical. Filiou-se ao Sindicato de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema em 1968.

No sindicato, Lula ganhou notoriedade ao liderar grandes greves no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980, durante a Ditadura Militar. Chegou a ser detido por 31 dias pela Ditadura por “incitação à desordem coletiva”, sendo absolvido no ano seguinte.

À frente do Sindicato, o então metalúrgico chegou à política, se filiando ao PT, que seria fundado por sindicalistas e intelectuais em 1980. Em 1984, Lula participou da campanha das Diretas Já ao lado de nomes como Fernando Henrique Cardoso (FHC), Tancredo Neves e Ulisses Guimarães. Se elegeu deputado federal e, depois, disputou a presidência pela primeira vez em 1989, contra Fernando Collor de Mello.

A partir daí, Lula perderia outras duas eleições para FHC, até ser eleito pela primeira vez à Presidência em 2002, derrotando José Serra (PSDB) com 61,3% dos votos. Antes de sua eleição, também ficou famosa a chamada “Carta ao povo brasileiro”, que sua candidatura divulgou para assegurar que um futuro governo respeitaria contratos nacionais e internacionais.

Outro gesto de moderação à época foi a escolha do empresário mineiro José de Alencar (então do PL) como vice, parceria que se manteria durante os dois mandatos de Lula — e que o petista tenta repetir em 2022, ao indicar o ex-rival Geraldo Alckmin (PSB) como vice.

Seus anos de governo tiveram programas sociais como Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e expansão do Ensino Superior a alunos de baixa renda. Na economia, sobretudo seu primeiro mandato foi marcado por política econômica vista por aliados como conservadora, tocadas inicialmente pelo banqueiro central Henrique Meirelles e o então ministro da Fazenda Antônio Palocci. O Brasil realizou pagamento da dívida externa brasileira com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e ampliação de reservas internacionais em dólar.

Seus mandatos também ocorreram em momento favorável das commodities no mercado internacional, além de aumento do consumo interno com os programas de distribuição de renda, aumento do salário mínimo e expansão do crédito. Em infraestrutura, foi lançado o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). O crescimento médio do PIB foi perto dos 4% ao ano, período conhecido como “Milagrinho” econômico.

Dentre as polêmicas e críticas ao governo, Lula é acusado de não ter se esforçado para fazer sucessores para além da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), por não ter atuado amplamente em reformas estruturais e pelos escândalos de corrupção durante seu governo, notadamente o Mensalão e o Petrolão, que envolveram o PT e partidos do Centrão, como o PP.

Na operação Lava-Jato, Lula chegou a passar 580 dias preso, mas teve a condenação pelo ex-juiz Sergio Moro anulada pelo STF por incongruências no processo. A Organização das Nações Unidas reconheceu em abril que o processo contra Lula não teve julgamento “imparcial”. Os casos envolvendo o ex-presidente aguardam nova tramitação na Justiça.

Nas eleições de 2022, Lula, agora aos 77 anos, terá pela frente o desafio de bater o presidente Jair Bolsonaro (PL), ampliar sua base de apoio para além do eleitorado clássico do PT e conseguir votos entre a parcela da população que rejeita sua candidatura.

Quem ficou na frente no 1º turno?

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) disputarão o segundo turno da eleição presidencial. Com 100% das urnas apuradas, Lula ficou com 48,43% dos votos válidos, e Bolsonaro, 43,20%, na votação do primeiro turno, realizado no domingo, 2.

Veja os detalhes do resultado

Para vencer em primeiro turno, um candidato precisaria de 50% dos votos válidos mais um, excluindo brancos e nulos.

  • Simone Tebet (MDB) teve 4,16% dos votos válidos;
  • Ciro Gomes (PDT) teve 3,04%;
  • Votos nulos e brancos somam 4,20%.

LEIA TAMBÉM: Simone Tebet apoia Lula no segundo turno

Quando será o 2º turno das Eleições 2022?

Para os cargos de presidente e de governador, quando nenhum dos candidatos atinge 50% mais um dos votos válidos, a eleição vai para o segundo turno. Em 2022, a segunda etapa de votação é no dia 30 de outubro. Diferentemente de outros anos, para esta eleição, o fuso horário para a votação é um só em todo o país, o de Brasília, das 8h às 17h.

Quem não votou no 1º turno, pode votar no 2º?

O eleitor que não votou no primeiro turno das eleições de 2022 pode e deve votar no segundo turno. Segundo o TSE, cada turno é tratado como uma eleição independente pela Justiça Eleitoral. Isso significa que uma pessoa que não votou no primeiro turno não é proibida de ir às urnas no segundo, desde que seu título eleitoral esteja regular.

Quais cargos serão votados no 2º turno das eleições 2022?

O segundo turno é somente para cargos de governador e presidente, caso nenhum candidato atinja 50% mais um dos votos válidos. Para estado sem segundo turno, há votação somente para presidente.

Nas eleições de 2022, doze estados vão ter a definição em uma segunda etapa: São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Alagoas, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Santa Catarina, e Rondônia.

Qual a ordem de votação?

  • Governador: dois dígitos
  • Presidente: dois dígitos

Não foi votar? Como justificar ausência do voto

Quem não pode justificar a ausência no dia do primeiro turno da eleição, tem o prazo de até 60 dias após cada turno para regularizar a situação eleitoral sem o pagamento da multa. Os canais para realizar o procedimento online são o e-Título e o Sistema Justifica. Nesse caso, além de preencher o requerimento, é necessário anexar documentos que comprovem o motivo alegado, pois a justificativa não é automática e poderá ser ou não concedida pelo juiz eleitoral.

O que explica a diferença entre pesquisa e resultado das eleições?

Indecisos e migração de eleitores. Essas duas variáveis são as hipóteses apontadas por institutos de pesquisas eleitorais para explicar a diferença entre o que as sondagens indicavam e o resultado das urnas no primeiro turno das eleições 2022.

Há um ainda um terceiro elemento, menos determinante, mas também com algum grau de impacto: a falta de um Censo atualizado. A metodologia das pesquisas eleitorais leva em conta os dados oficiais para retratar, proporcionalmente, a cara do Brasil.

O último Censo demográfico foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. Em 2020 havia a previsão de uma nova rodada de entrevistas para entender o perfil dos brasileiros, mas a realização da pesquisa foi suspensa por conta da pandemia de covid-19. Em 2021, cortes orçamentários suspenderam a realização, mas o Supremo Tribunal Federal obrigou o governo a fazer o Censo, cuja coleta começou neste ano.

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