Propagandas eleitorais não podem ser feitas no dia do pleito (Fábio Pozzebom/Agência Brasil)
André Martins
Publicado em 14 de novembro de 2020 às 08h05.
Última atualização em 14 de novembro de 2020 às 08h57.
Milhões de eleitores vão às urnas neste domingo, 15, para votar nos próximos prefeitos e vereadores de suas cidades. Em algumas regiões, a disputa está acirrada - com projeções de segundo turno à vista - porém, em outras, candidatos mantém vantagem confortável para vencer já neste domingo.
De acordo com pesquisas de intenção de voto feitas pelos institutos Ibope, Datafolha, Realtime Bigdata e Paraná Pesquisas, 6 das 26 capitais podem conhecer o seu novo prefeito a partir dos resultados apurados no dia 15 de novembro.
O caso com maior projeção de vitória no primeiro turno nas capitais é em Belo Horizonte, em que o candidato à reeleição Alexandre Kalil (PSD) mantém desde as primeiras pesquisas eleitorais uma vantagem confortável sobre os seus adversários. Na pesquisa Datafolha¹ divulgada na quarta-feira, 11, o candidato do PSD tinha 63% de intenção de votos válidos contra apenas 8% do candidato João Vitor Xavier (Cidadania). Além disso, a soma de todos os candidatos citados na pesquisa não atinge a porcentagem de intenção de votos do atual prefeito, que caminha para uma reeleição sem dificuldades.
Assim como BH, Florianópolis também caminha para reeleger o atual prefeito no primeiro turno. Em pesquisa Ibope² divulgada no dia 2 de novembro, Gean Loureiro (DEM) tinha 58% de intenção de votos, enquanto o segundo colocado, Professor Elson (PSOL), aparece apenas com 13%. A ampla vantagem concentra, também, mais votos válidos do que a soma de todos os principais adversários. Com isso, a cidade também tem projeção de vitória do candidato do Democratas no domingo.
Em Salvador, o cenário é confortável para o atual vice-prefeito e candidato Bruno Reis (DEM). Segundo estudo do instituto Paraná Pesquisas³, divulgado no dia 6 de novembro, Reis tem 56,9% das intenções de votos, enquanto a segunda colocada, Major Denice Santigo (PT), tem apenas 13,5%. Bruno Reis também tem porcentagem maior do que a soma de todos os candidatos citados na pesquisa. Com o apoio do atual prefeito ACM Neto (DEM), o candidato aproveita a boa avaliação da atual gestão para se eleger no primeiro turno.
Campo Grande também deve ter eleições definidas em primeiro turno, apesar de a situação ser diferente das cidades citadas acima. Em pesquisa Ibope4 divulgada na quarta-feira, 11, o candidato à reeleição Marquinhos Trad (PSD) tem 48% das intenções, contra apenas 10% do candidato Promotor Harfouche (Avante). Com a ampla vantagem - mesmo sem atingir numericamente mais de 50% das intenções de votos válidos - o atual prefeito tem chance de se eleger com os votos feitos neste domingo.
Curitiba tem um cenário parecido com Campo Grande, porém a pesquisa é a mais “desatualizada” do levantamento. Em pesquisa divulgada eno dia 22 de outubro, o Ibope mostra que o candidato a reeleição Rafael Greca (DEM) tem 46% das intenções de votos, enquanto Fernando Francischini (PSL) e Goura (PDT), apareceram empatados com 8% cada um. Por ter a maior porcentagem de votos válidos em relação à soma dos demais candidatos, o atual prefeito pode se reeleger. Ainda assim, o longo prazo estabelecido desde a conclusão dessa pesquisa não contempla possíveis mudanças nas intenções de voto dos cidadãos.
Palmas é um caso bem específico em comparação das outras capitais do país. Segundo inciso II do artigo 29 e no artigo 77 da Constituição Federal de 1988, como a cidade tem menos de 200 mil eleitores em 2020, a eleição será decidida em turno único. Então, mesmo que a vantagem dos candidatos não seja considerável nas pesquisas, o novo prefeito da capital do Tocantins será conhecido no próximo domingo. Segundo pesquisa divulgada no dia 4 de novembro pelo instituto RealTime Big Data6, a atual prefeita Cintia Ribeiro (PSDB) tem 40% das intenções de votos, enquanto o segundo colocado Júnior Geo (Pros) tem 14%.
Enquanto isso, capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre caminham para um segundo turno. Porém, como observado em eleições anteriores (especialmente em 2016, com a virada de João Doria), uma reviravolta na última semana não é impossível.