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Quais são os 10 estados mais violentos do Brasil? Veja ranking

País registra 44 mil mortes violentas e aumento de crimes contra crianças em 2024

Segurança pública no Brasil (Agência Brasil)

Segurança pública no Brasil (Agência Brasil)

Publicado em 24 de julho de 2025 às 15h13.

Última atualização em 25 de julho de 2025 às 19h59.

O Brasil registrou 44.127 mortes violentas intencionais em 2024, segundo dados do relatório Segurança em Números 2025. A taxa nacional foi de 20,8 mortes por 100 mil habitantes, com a maioria das vítimas sendo homens (91,1%), negros (79%) e com até 29 anos (48,5%).

Entre os estados com as maiores taxas de mortalidade violenta, Amapá (45,1), Bahia (40,6) e Ceará (37,5) lideram o ranking. As cidades mais violentas do país estão concentradas no Nordeste, com destaque para Maranguape (CE), Jequié (BA) e Juazeiro (BA).

Os 10 estados mais violentos são:

  • 1º Amapá (AP) — 45,1 por 100 mil habitantes
  • 2º Bahia (BA) — 40,6 por 100 mil
  • 3º Ceará (CE) — 37,5 por 100 mil
  • 4º Amazonas (AM) — 36,2 por 100 mil
  • 5º Pernambuco (PE) — 33,7 por 100 mil
  • 6º Alagoas (AL) — 32,9 por 100 mil
  • 7º Pará (PA) — 31,4 por 100 mil
  • 8º Rio Grande do Norte (RN) — 29,2 por 100 mil
  • 9º Maranhão (MA) — 28,7 por 100 mil
  • 10º Sergipe (SE) — 27,9 por 100 mil

A violência armada permanece predominante, com 73,8% das mortes cometidas com arma de fogo e 57,6% ocorrendo em via pública. Também foram registrados 81.873 desaparecimentos no ano.

Por que o Amapá é o estado mais violento?

O estado do Amapá registrou a maior taxa de mortes violentas intencionais do Brasil em 2024, com 45,1 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o relatório “Segurança em Números 2025”. O índice supera a média nacional e está relacionado a fatores como disputas territoriais entre facções, circulação de armas de fogo e atuação limitada de políticas públicas em áreas urbanas vulneráveis.

O levantamento também aponta que a maioria das vítimas no estado são homens jovens, negros e mortos em via pública com uso de arma de fogo, padrão semelhante ao observado em outras regiões do país. A letalidade policial e a concentração de crimes em determinados municípios reforçam o impacto da violência na região Norte, exigindo maior articulação entre os sistemas de segurança, justiça e assistência social.

Aumento da violência contra crianças e letalidade policial

O levantamento aponta 60.394 vítimas de violência contra crianças e adolescentes, com crescimento em todas as faixas etárias na comparação com 2023. Também foram registrados 2.543 casos de bullying e 2.356 de cyberbullying.

As mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes (0 a 17 anos) cresceram 3,7%, sendo que 14% delas foram causadas por policiais. Estados onde mais da metade das mortes foi provocada por agentes do Estado indicam uso desproporcional da força.

Além disso, o documento destaca que a cada dois minutos a Polícia Militar é acionada para casos de violência doméstica, com mais de 1 milhão de medidas protetivas emitidas em 2024.

O relatório também informa que crimes como maus-tratos, abandono de incapaz, estupros e perseguição cresceram em relação ao ano anterior.

A violência continua apresentando distribuição desigual no país, com Norte e Nordeste registrando taxas acima da média nacional.

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