Prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda: ao ser questionado sobre a decisão de ontem do Tribunal de Contas da União (TCU), que rejeitou as contas do governo de 2014, Lacerda se esquivou, mas fez um paralelo com a situação dos prefeitos (Antônio Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2015 às 13h29.
Brasília - O prefeito de Belo Horizonte e presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Márcio Lacerda (PSB), criticou nesta quinta-feira, 8, a falta de uma "consciência clara" por parte das principais lideranças do País em torno da atual crise econômica.
Para Lacerda, em se mantendo o quadro atual, os prefeitos serão levados a infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece repasses mínimos para setores como Educação e Saúde.
"Parece que não há uma percepção clara das lideranças do País de que essa deterioração possa vir a provocar convulsões e situações graves. Nossas lideranças maiores no campo político precisam encontrar um caminho, uma solução para que se restaure a confiança, os investimentos e a economia volte a crescer. Sem a economia crescer, nós, que já estamos com a água no nariz, vamos todos nos afogar", ressaltou Lacerda ao chegar no encontro da Frente em Brasília.
Ao ser questionado sobre a decisão de ontem do Tribunal de Contas da União (TCU), que rejeitou as contas do governo de 2014, Lacerda se esquivou, mas fez um paralelo com a situação dos prefeitos.
"Olho para o futuro e vejo que provavelmente a imensa maioria dos municípios terá problema com a LRF no final do próximo ano. Há inclusive um movimento de prefeitos perguntando à Justiça. Já que o governo federal não cumpre suas responsabilidade de repasse, como o prefeito poderá fechar suas contas no próximo ano? Como cumprir a LRF se o governo federal e Estados não cumprem suas responsabilidades nos municípios?", ponderou.