Brasil

Publicitários reafirmam à PF que campanha de Haddad usou caixa 2

Advogado de casal de publicitários afirma que os recursos recebidos pela campanha por meio do caixa dois foram originados na empresa Odebrecht

Fernando Haddad: ex-prefeito afirmou que não teve acesso ao novo depoimento de João Santana e Monica Moura (Fábio Teixeira/Site Exame)

Fernando Haddad: ex-prefeito afirmou que não teve acesso ao novo depoimento de João Santana e Monica Moura (Fábio Teixeira/Site Exame)

AB

Agência Brasil

Publicado em 8 de maio de 2018 às 19h24.

O casal de publicitários João Santana e Mônica Moura reafirmaram hoje (8), em depoimento à Polícia Federal (PF), na capital paulista, que a campanha do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, em 2012, fez uso de caixa 2. O depoimento foi para o inquérito que apura a suspeita de uso de recursos irregulares na campanha de Haddad na eleição para prefeitura.

De acordo com o advogado do casal, Juliano Campelo Prestes, os termos do depoimento de hoje não diferem da delação premiada do casal, já homologada.

"O inquérito hoje ainda está sigiloso, mas os termos não diferem daqueles que já foram homologados", disse o advogado.

Segundo Prestes, os recursos recebidos pela campanha por meio do caixa dois foram originados na empresa Odebrecht. O advogado, no entanto, não quis precisar o valor não declarado. O casal, que já ficou preso em Curitiba por seis meses, hoje cumpre pena, de um ano e meio, em prisão domiciliar em Salvador.

O ex-prefeito Fernando Haddad informou, por meio de nota, que não teve acesso ao novo depoimento de João Santana e Monica Moura à Policia Federal. "No entanto, pelos depoimentos anteriores, ambos confirmaram que jamais trataram com Haddad de financiamentos não oficiais da campanha de 2012. Cabe informar que a Odebrecht, citada como suposta financiadora teve todos os seus interesses contrariados pela gestão. A saber, o túnel da avenida Roberto marinho e a recompra das Cides da Arena Corinthians".

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadNovonor (ex-Odebrecht)Polícia FederalPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Dino cobra de 10 estados relatório explicando as razões por trás dos altos indíces de incêndios

STF retoma julgamento sobre ampliação do foro privilegiado; mudança pode impactar casos de Bolsonaro

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio