Presidente Dilma Rousseff (PT) cumprimenta uma apoiadora durante um comício eleitoral em Nova Iguaçu em 2014: campanha pode entrar em delação (Ricardo Moraes/Reuters)
Valéria Bretas
Publicado em 28 de março de 2016 às 16h38.
São Paulo - O acordo de delação premiada fechado por Danielle Fontelles, sócia da agência Pepper Interativa- que é ligada ao PT, foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A colaboração foi revelada pela coluna Radar, da revista VEJA.
Segundo informações do jornal O Globo, os trechos enviados à Corte trazem referências à presidente Dilma Rousseff (PT) e ao governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Agora, caberá ao STF decidir se abrirá, ou não, uma investigação sobre o caso.
A agência de propaganda, investigada pela Polícia Federal na Operação Acrônimo, teria recebido pagamentos oriundos de desvios de recursos públicos que serviriam de caixa para a campanha de Pimentel e de Dilma em 2010 e 2014.
De acordo com pessoas próximas à investigação, Danielle acertou com os investigadores implicar o governador em sua delação, que já é alvo de investigação da PF.
A publicitária fez o acordo logo após os executivos da Andrade Gutierrez terem revelado que para financiar as campanhas, um contrato fictício de prestação de serviços foi feito entre a empreiteira e a Pepper. O valor supera R$ 6,5 milhões.