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PTB-SP garante que lançará candidatura própria ao Senado

Presidente do partido diz que pode lançar candidatura ao Senado de sua esposa, Marlene Campos Machado

Campos Machado, presidente do PTB-SP, e sua esposa, Marlete, em convenção do partido (Reprodução/Campos Machado)

Campos Machado, presidente do PTB-SP, e sua esposa, Marlete, em convenção do partido (Reprodução/Campos Machado)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 17h06.

São Paulo - O presidente do PTB-SP, Campos Machado, não afirma diretamente que o partido deixará a coligação do governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas garante que a legenda não voltará atrás na candidatura ao Senado de sua esposa, Marlene Campos Machado.

"Não há hipótese de não lançarmos a candidatura de Marlene ao Senado. Nós temos hoje o maior movimento de mulheres na política no País, com o PTB Mulher, e eu dei minha palavra, não há como recuar", disse Machado ao Broadcast Político.

Machado não quis responder se essa determinação resultará na saída do PTB da coligação estadual, mas afirmou que o apoio a Alckmin não muda.

"Com tempo, sem tempo, isso não quer dizer nada. Tenho uma ligação fraternal, quase umbilical com Geraldo Alckmin, meu apoio a ele é total e irrestrito", afirmou. Segundo o próprio Campos Machado, o tempo de TV e de rádio do PTB-SP é de cerca de um minuto.

No início da madrugada desta terça-feira, dia 1º, o PSDB-SP decidiu lançar José Serra como nome da coligação ao Senado.

Partidos coligados apostavam na possibilidade, ainda a ser validada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de os partidos lançarem candidaturas independentes ao Senado.

Uma resolução da Corte de 2010 dizia que partidos coligados poderiam lançar candidaturas de senadores isoladamente, mas que não poderiam formar coligações diferentes ao Senado daquelas formadas para a disputa do governo estadual, ou seja, ou se separam todos nas candidaturas ao Senado ou a coligação tem que permanecer.

Segundo a assessoria de imprensa do TSE, contudo, os casos seriam julgados novamente caso a possibilidade se apresente na eleição deste ano e a "atual composição do Tribunal pode alterar o entendimento que se encontra em vigor".

Questionado diretamente se sairá da base de apoio, dado esse cenário com o TSE, Machado respondeu apenas: "Se assim disser a lei..."

Machado disse ainda que, apesar da expectativa de liberação dos partidos coligados para lançarem candidaturas independentes, não foi uma surpresa a decisão do PSDB em São Paulo de lançar o nome de José Serra pela coligação.

"Todo mundo esperava e assumiu essa liberação (das candidaturas avulsas ao Senado), mas sem convicção. Convicção foi só a minha pelo nome da Marlene. Agora, o nosso apoio ao Alckmin não muda, é de coração."

Ele refutou haver qualquer possibilidade de pressão do PSDB-SP pelo tempo de TV do PTB-SP. "Pressão é só na panela de pressão, não aceito pressão de ninguém."

Nos últimos dias, a campanha de Alckmin perdeu o apoio do PSD de Gilberto Kassab, que passou a apoiar seu principal adversário nas pesquisas, Paulo Skaf (PMDB).

Skaf também ganhou o apoio do PP, de Paulo Maluf, que deixou a coligação do petista Alexandre Padilha. No momento da convenção que confirmou sua candidatura à reeleição, Alckmin contava em sua chapa com: PTB, PPS, DEM, SDD, PSC, PTC, PRB, PTdoB, PMN, PTN e PSL.

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