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PT usa economia para rebater Campos

Governador de Pernambuco afirmou que "os 90 dias iniciais de 2013 serão decisivos para a presidente Dilma"


	Presidente Dilma Rousseff com o governador Eduardo Campos
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidente Dilma Rousseff com o governador Eduardo Campos (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 08h46.

Brasília - O governo pretende iniciar o ano de 2013 com um forte aumento nos investimentos em todos os setores da economia, para garantir um crescimento em torno de 3,5% a 4%, afirmou um auxiliar da presidente Dilma Rousseff. Esta é, segundo o Planalto, a resposta que o governo pretende dar ao governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos que, em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, afirmou que "os 90 dias iniciais de 2013 serão decisivos para a presidente Dilma".

O PT foi orientado a repetir o mesmo discurso do crescimento, sem abrir polêmica com o presidente do PSB. "Concordo com o governador Eduardo Campos. Temos de crescer muito forte e isso vai acontecer. A presidente Dilma Rousseff preparou o País para isso. No ano que vem haverá fortes investimentos em todos os setores, principalmente na infraestrutura. No ano que vem entrará em vigor a concessão das rodovias e ferrovias, a nova legislação para os portos e novas concessões para aeroportos", disse o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA).

Na mesma linha, o senador Jorge Viana (PT-AC) disse que o governo não só pretende fazer investimentos, mas será obrigado a isso. "Eu também concordo com o governador Eduardo Campos. Temos a informação de que a crise na Europa e nos Estados Unidos já está arrefecendo e o Brasil poderá adotar uma linha de forte injeção de investimentos por todos os lados." Viana disse que o ano de 2012 foi perdido e que o governo sabe disso.

No PSB e no PDT, foi forte a animação com a entrevista de Eduardo Campos. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) disse que, em 2014, a decisão é a de lutar para reeleger os seis governadores que a sigla tem, além de disputar o governo em todos os Estados em que for competitivo. Um dos casos é o do Distrito Federal. Na semana passada, o PSB rompeu com o governo do petista Agnelo Queiroz.

Com o desembarque do governo de Agnelo, Rollemberg ficou livre para ser candidato a governador, numa dobradinha que envolverá o PDT e outros partidos que integram a base da presidente Dilma Rousseff.

Já o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que defende a candidatura de Campos à Presidência, saudou a entrevista do governador de Pernambuco como a demonstração da maturidade do candidato. "É a primeira vez que vejo um líder de Eduardo Campos, muito provavelmente candidato a presidente da República, afirmar de alto e bom tom nos jornais que o governo baixou juros, desvalorizou a taxa de câmbio, aumentou o gasto público, adotou medidas para diminuir o custo de produção, reduziu impostos, abriu a concessão dos serviços públicos ao setor privado, fez intervenções em alguns setores e, mesmo assim, a economia brasileira não reagiu." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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