Marco Aurélio Garcia: "A esquerda perde um de seus maiores pensadores", diz Alexandre Padilha (José Cruz/ABr/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de julho de 2017 às 18h05.
São Paulo - Minutos depois da confirmação da morte de Marco Aurélio Garcia, intelectual que ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT), diversas homenagens foram publicadas na internet, pelo próprio PT, pela Unicamp, universidade onde era professor aposentado, e por políticos ligados à esquerda brasileira.
"Ele foi um importante líder na construção e execução da política externa brasileira durante o governo de Lula, além de ser um dos grande apoiadores dos Brics e do fortalecimento das relações Sul-Sul", escreveu o PT em nota no seu site.
Nas redes sociais, políticos também publicaram homenagens. No Twitter, o ex-governador do Rio Grande do Sul Tardo Genro, conterrâneo de Garcia e também um dos fundadores do PT, disse que o professor aposentado era seu amigo fraterno, um grande quadro da esquerda e um militante histórico do PT.
"Ser humano excepcional. Dor e luto", escreveu.
A deputada federal Maria do Rosário, também gaúcha, afirmou no Twitter que a esquerda do mundo está em luto. "Um amigo dos povos, professor e articulador da atuação internacionalista", disse.
Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff e candidato a governador de São Paulo pelo PT em 2014, declarou que a esquerda perde um de seus maiores pensadores e incentivadores da solidariedade internacional.
O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, escreveu que lamenta profundamente a morte do amigo e o chamou de exemplo de militante.
José Guimarães, deputado federal pelo PT do Ceará, disse que o País perde um grande brasileiro que defendia como poucos nossos interesses e a integração das nações como forma de desenvolvimento.
Em seu site oficial, a Unicamp ressaltou que Garcia foi personagem-chave na história do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e um dos fundadores do Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), projeto de coleta e preservação de documentos sobre a história social do trabalho.
"Garcia acreditava na importância do acervo e defendia que ele deveria ser tão grande quanto sua capacidade de preservar a memória", diz a nota, lembrando que, quando foi diretor do AEL, o intelectual costumava afirmar que "o céu é o limite".