O senador Delcídio Amaral (PT-MS): "Se alguém representar formalmente ele terá direito de defesa e, se condenado, pode recorrer ao diretório nacional e ao encontro nacional" (Geraldo Magela/ Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2015 às 15h44.
São Paulo - A comissão executiva do diretório estadual do PT em São Paulo, o maior do partido, aprovou uma resolução política nesta sexta-feira, 27, na qual cobra "rápida e contundente resposta" da direção nacional da legenda em relação ao caso do senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso por tentar obstruir a Operação Lava Jato.
Nesta quinta-feira, 26, o diretório estadual do PT do Rio Grande do Sul também divulgou documento no qual pede afastamento imediato do senador das atividades partidárias e solicita à direção nacional do PT abertura de processo de cassação contra Delcídio.
A resolução do PT paulista oferece "apoio integral" à nota divulgada na quarta-feira, 25, pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, na qual o dirigente diz que o partido não deve qualquer tipo de solidariedade a Delcídio já que as acusações das quais o senador é alvo não têm relação com atividades partidárias.
Ainda ontem o presidente do diretório estadual, Emidio de Souza, disse que, pessoalmente, é favorável à expulsão do senador.
Segundo Francisco Rocha, o Rochinha, coordenador da comissão de ética do PT, um possível processo de expulsão de Delcídio será submetido diretamente à executiva nacional, por se tratar de um senador.
"Se alguém representar formalmente ele terá direito de defesa e, se condenado, pode recorrer ao diretório nacional e ao encontro nacional", disse Rochinha.