Brasil

PT retoma tempo na TV e espera turbinar Haddad

A direção petista quer utilizar as inserções para turbinar a pré-candidatura tirá-la dos 3% de intenções de voto

O PT usará o espaço para promover a imagem do ex-ministro da Educação, e associá-lo ao ex-presidente Lula (Elza Fiúza/Abr)

O PT usará o espaço para promover a imagem do ex-ministro da Educação, e associá-lo ao ex-presidente Lula (Elza Fiúza/Abr)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 18h53.

São Paulo - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, na terça-feira à noite, manter um tempo da propaganda partidária do PT na TV e no rádio que o próprio partido já dava como perdido. A direção petista quer utilizar as inserções para turbinar a pré-candidatura de Fernando Haddad em São Paulo para tentar tirá-lo dos 3% de intenções de voto.

Ao julgar uma ação contra o PT por propaganda eleitoral antecipada da então candidata Dilma Rousseff em 2010, o TSE manteve multa à presidente e ao partido, e cassou os programas em bloco, com duração de 10 minutos, a que o PT teria direito no primeiro semestre deste ano. Mas decidiu manter as inserções diárias, que têm de 30 segundos a 1 minuto, e irão ao ar a partir da terça-feira da semana que vem. Somadas, as inserções totalizarão 15 minutos, e serão exibidas em três dias, com um total de 5 minutos para cada uma.

Embora o programa seja nacional, tecnicamente o PT pode separar a cadeia de rádio e TV, e nesta quinta deve definir a separação da capital paulista e sua região metropolitana do restante da rede. Com isso, poderá usar Haddad em um número maior de inserções. O ex-ministro, no entanto, não deve aparecer em todos os "programetes", porque deverá dividir o espaço com Lula e Dilma. O tempo a ser destinado ao pré-candidato será discutido nesta quinta entre a direção nacional e o diretório municipal.

"A direção nacional ainda vai se reunir para discutir como utilizar o tempo e qual vai ser a linha do programa", sustentou um cauteloso Haddad, que há semanas, assim como o partido, já jogara a toalha e sustentava que seu crescimento nas pesquisas só se daria em agosto, com o vigor do horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio.

Ainda que legalmente não possa fazer campanha, o PT usará o espaço para promover a imagem do ex-ministro da Educação, e associá-lo ao ex-presidente, à atual presidente e ao partido. A legenda assumirá, com isso, o mesmo risco que assumiu com Dilma em 2010, justamente o que fez o PT perder parte de sua propaganda partidária neste ano. No partido, no entanto, há consenso de que é necessário repetir a estratégia de dois anos atrás, mesmo sob risco de novas penalidades, já que é a única mídia nacional que o PT terá no primeiro semestre, uma vez que as grandes emissoras de televisão ainda não começaram a cobrir a campanha. A tática, dizem integrantes da direção do partido e da pré-campanha, funcionou para tornar Dilma conhecida e elevar as intenções de voto.

Além dos 15 minutos em inserções do programa nacional, os petistas ainda terão dois minutos e meio em inserções estaduais em 22 de junho, resquícios do tempo de televisão do PT paulista, que também foi quase todo cassado pela Justiça Eleitoral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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