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PT processa Barusco por “denúncia sem provas” contra Vaccari

À CPI da Petrobras, Pedro Barusco afirmou que o tesoureiro do PT João Vaccari Neto participava de reuniões para definir a divisão da propina paga por empresas.


	Ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco (Ueslei Marcelino/Reuters)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 11 de março de 2015 às 10h15.

São Paulo – Após o depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco à CPI na Câmara dos Deputados, o Partido dos Trabalhadores afirmou em nota que está processando Barusco por suas denúncias contra o tesoureiro do partido João Vaccari Neto.

Barusco falou ontem por cerca de cinco horas à CPI da Petrobras. Ele é investigado por envolvimento no esquema de corrupção e desvio de dinheiro da estatal e fez acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato, que investiga o esquema.

Durante o depoimento de ontem, Barusco afirmou que João Vaccari Neto participava de reuniões com ele para definir a divisão da propina paga por empresas que mantinham contratos com a Petrobras.

Em nota assinada pelo PT, Vaccari nega que tenha tratado de finanças com Barusco. “João Vaccari Neto reitera que nunca tratou de finanças ou doações para o partido com o senhor Pedro Barusco, delator que busca agora o perdão judicial envolvendo outras pessoas em seus malfeitos”, diz a nota.

O texto ressalta ainda que, durante as cinco horas de seu depoimento à CPI, Barusco não apresentou “prova ou mesmo indício que liguem o secretário João Vaccari Neto ao recebimento de propinas”.

O PT diz que entrou na Justiça contra Barusco devido às denúncias “sem provas”. Diz também que “só recebe doações dentro dos parâmetros legais”.

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