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PT prega reação contra destituição de Lugo

Os petistas defenderam a tese de que a luta para "restabelecer o governo legítimo do Paraguai é de todos e de todas"

Novo presidente do Paraguai, Federico Franco, faz discurso depois de assumir o poder (Reuters/Mario Valdez)

Novo presidente do Paraguai, Federico Franco, faz discurso depois de assumir o poder (Reuters/Mario Valdez)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 23h20.

Brasília - O PT está convocando parlamentares e militantes a se engajar nas manifestações e protestos contra a destituição do ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo. Em nota divulgada nesta segunda pelo diretório nacional do partido, os petistas defenderam a tese de que a luta para "restabelecer o governo legítimo do Paraguai é de todos e de todas".

Aos parlamentares caberá a tarefa de fazer pronunciamentos, declarações e moções de repúdio ao golpe e apoio à democracia paraguaia. Mas o PT quer mais. Ao considerar que "o golpismo não será revertido apenas com palavras", o partido prega a necessidade de uma "reação latino-americana e internacional firme e dura". Para começar, sugere o partido, é fundamental que nenhum governo democrático reconheça o substituto empossado. Assim, prossegue a nota, "é urgente" que os organismos da integração sul-americana, especialmente o Mercosul e a Unasul, reajam, inclusive suspendendo o Paraguai da condição de País membro.

O documento de 44 linhas intitulado "Contra o Golpe no Paraguai, em defesa da democracia", foi redigido pela secretaria de Relações Internacionais do partido e encampado pelo diretório, que decidiu oficializar o protesto contra o golpe e a "deposição sumária de Lugo". O parágrafo de abertura registra o "repúdio e a condenação ao afastamento do presidente constitucional e legítimo mandatário daquele País".

Os dirigentes petistas avaliam que a saída de Lugo é fato de "imensa gravidade" que abre um precedente perigoso, "segundo o qual instrumentos jurídicos e expedientes parlamentares são manipulados para espoliar a vontade popular". Entendem ainda que o confronto entre policiais e camponeses que deixou dezessete mortos e cem feridos durante uma ação de reintegração de posse de um latifúndio ocupado por sem-terra não passou de "pretexto imediato para o golpe".

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