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PT planeja revelar parte do gabinete antes da eleição

Segundo Jaques Wagner (PT), senador eleito pela Bahia, os nomes dos ministros do governo podem ser divulgados com antecedência

FERNANDO HADDAD: o ex-ministro Jaques Wagner disse ainda que o perfil da equipe econômica não seria encabeçada por alguém do mercado financeiro (Amanda Perobelli/Reuters)

FERNANDO HADDAD: o ex-ministro Jaques Wagner disse ainda que o perfil da equipe econômica não seria encabeçada por alguém do mercado financeiro (Amanda Perobelli/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de outubro de 2018 às 08h26.

Salvador - O ex-ministro e ex-governador Jaques Wagner (PT), senador eleito pela Bahia e um dos coordenadores da campanha do candidato à Presidência Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quarta-feira, 10, que nomes de ministros de um governo petista podem ser anunciados antes da eleição.

As pastas de Educação, Fazenda e Justiça podem ter divulgados "nomes que tranquilizem a população", segundo Wagner. "Pode ser que ele anuncie um, dois, três nomes, na Educação, Fazenda, Justiça (...) Na Educação, pode ser que anuncie uma sumidade da Educação", afirmou.

Segundo Wagner, na Educação o anúncio teria a função de minimizar o impacto de notícias falsas. Na Justiça, afirmou, a divulgação teria a função de dar recados na área de segurança, uma das principais bandeiras do adversário Jair Bolsonaro (PSL). "O discurso sobre segurança pública tem que ser duro, senão a população não acredita em você", disse.

O ex-ministro disse ainda que o perfil da equipe econômica não seria encabeçada por alguém do mercado financeiro. O nome ideal, afirmou, "pode ser de alguém da indústria ou algum desenvolvimentista", mas "seguramente não será alguém do mercado financeiro", porque "esse perfil do mercado a gente já conhece".

Wagner chamou Bolsonaro de "candidato fake, que vive de fake news". Em outro momento, afirmou que o candidato do PSL é "valente fujão" e "valente de bravatas". "Nenhum empresário com juízo vai botar dinheiro aqui com um governo dessa natureza, sem saber que regra está valendo. Talvez a gente vire um governo só do agronegócio. É a contramão do mundo", afirmou Wagner.

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