Brasil

PT pede impugnação da candidatura de Doria em São Paulo

"O pedido feito à Justiça Eleitoral quer garantir que não exista dinheiro empresarial camuflado na campanha do tucano" disse o presidente municipal do PT


	João Dória: "o pedido feito à Justiça Eleitoral quer garantir que não exista dinheiro empresarial camuflado na campanha do tucano" disse o presidente municipal do PT
 (Raul Júnior)

João Dória: "o pedido feito à Justiça Eleitoral quer garantir que não exista dinheiro empresarial camuflado na campanha do tucano" disse o presidente municipal do PT (Raul Júnior)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2016 às 09h57.

São Paulo - O Diretório Municipal do PT em São Paulo entrou na Justiça Eleitoral com um pedido de impugnação da candidatura de João Doria, do PSDB, à Prefeitura da capital paulista.

A ação foi protocolada no sábado, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), e está com o juiz Sidney da Silva Braga.

O presidente municipal do PT, Paulo Fiorilo, afirmou que o pedido questiona o uso de financiamento privado na campanha de Doria, o que é vetado pelas novas regras eleitorais.

"O pedido feito pelo partido à Justiça Eleitoral quer garantir que não exista dinheiro empresarial camuflado na campanha do tucano. Existem acusações de que Doria não teria se afastado dos cargos de administrador e representante de empresas, em especial do Lide, grupo de Doria que reúne 52% do PIB nacional", disse, em sua página no Facebook.

Segundo Fiorilo, o tucano "mostrou interesse em usar o próprio dinheiro para bancar sua campanha". "O que o PT quer saber é se esse dinheiro não está sendo confundido com dividendos pagos ao candidato."

A campanha de João Doria afirmou, em nota assinada pelo presidente municipal do PSDB, Mario Covas Neto, que o pedido feito pelo PT "é pífio e certamente levará o solicitante a uma condenação pela Justiça Eleitoral".

Na nota, Covas Neto argumenta que a ação do PT tem como base a lei 4137/62 (que regula a repressão ao abuso do poder econômico) e que esta legislação foi revogada pela Lei Complementar 64/90 (que estabelece casos de inelegibilidade).

A utilização dessa lei, para o PSDB, caracteriza "litigância temerária", ou seja, "a movimentação do judiciário por interesses políticos e não jurídicos", o que representaria um crime eleitoral.

O PSDB também usou a nota para dirigir ataques à campanha petista. "Vindo de quem vem, esse tipo de prática não nos surpreende. Em primeiro lugar porque sabemos que falta ao PT a ética que exige de seus adversários. Além disso, a decisão do PT demonstra medo em relação a nossa candidatura", afirma o texto.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEleiçõesEleições 2016João Doria JúniorMetrópoles globaisOposição políticaPartidos políticosPrefeiturasPSDBsao-paulo

Mais de Brasil

Bolsonaro indiciado pela PF: entenda o inquérito do golpe em cinco pontos

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes