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PT no Senado defende relator de CPI e cobra apuração

José Pimentel (PT-CE) é suspeito de ter participado da combinação de perguntas e respostas entre integrantes da CPI e a cúpula da Petrobras


	Senador José Pimentel (PT-CE), relator da CPI da Petrobras
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Senador José Pimentel (PT-CE), relator da CPI da Petrobras (Geraldo Magela/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 18h23.

Brasília - O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), defendeu nesta terça-feira, da tribuna do Senado, a atuação do relator da CPI da Petrobras da Casa, José Pimentel (PT-CE), da suspeita de ter participado da combinação de perguntas e respostas entre integrantes da comissão e a cúpula da estatal.

Em contra-ataque à oposição, o petista cobrou a apuração de casos que envolvem os tucanos, como o da construção de um aeroporto em Cláudio (MG) num terreno que pertenceu a um parente do candidato do PSDB, Aécio Neves.

A manifestação foi apoiada por petistas que se encontram em plenário. Pimentel fará logo mais um pronunciamento.

"A CPI pretendida nesta Casa para investigar denúncias da Petrobras era parte de uma estratégia política da oposição para desqualificar o governo para atingir a presidenta Dilma", criticou Costa, ao destacar que não havia razão para se abrir uma CPI, uma vez que os casos que envolviam a Petrobras estavam sob a investigação de outros órgãos.

Para o líder do PT, o vídeo trazido à tona pela revista Veja no final de semana, em que integrantes da Petrobras conversam sobre o "gabarito" das apurações da CPI, é um "ajuntamento de tolices".

"É um factoide", afirmou o ex-líder do PT no Senado Wellington Dias (PI).

Humberto Costa afirmou que não há crime na troca de informações entre as assessorias da CPI e da Petrobras.

"Isso acontece em qualquer CPI, qualquer comissão. É absolutamente normal e natural. Não se trata aqui de uma delegacia de policia. Não há nada de ilegal nisso", constatou.

Segundo ele, a CPI do Senado avançou mais do que a CPI mista, que é composta por deputados e senadores e cuja oposição tem atuado.

Os petistas cobraram investigação de casos envolvendo o PSDB, como o do aeroporto de Aécio e o do cartel do metrô em São Paulo. Costa disse achar "horrível" fazer prejulgamento, mas defendeu que é preciso apurar o caso da construção do aeroporto.

"Aqui não estamos acusando de nada (sic). Porém, ao surgir uma farsa, que é farsa na verdade, os dedos acusadores da oposição e da mídia se voltam para pessoas dignas", disse.

Oposição

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), rebateu os oradores do PT e disse que quem está "pastando" na Petrobras é quem está promovendo negócios lesivos na estatal.

"Quem está sangrando a Petrobras é uma gestão temerária que está fazendo que as ações da Petrobras estejam caindo", afirmou.

O tucano disse que a combinação das perguntas e respostas tem por objetivo blindar a presidente Dilma Rousseff. "O Senado foi aviltado", disse.

O presidente do DEM e coordenador-geral da campanha de Aécio, Agripino Maia (DEM-RN), afirmou que os fatos não foram criados pela oposição.

Em réplica, Humberto Costa disse que há um desejo de "forçar a barra" por causa da eleição de outubro. Num princípio de tumulto, o petista citou que foi o governo do PSDB quem quis privatizar a estatal.

"Isto é mentira", rebateu, fora do microfone, Aloysio Nunes.

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