Brasil

PT lança deputado Arlindo Chinaglia à presidência da Câmara

A bancada também articula a formação de um bloco como o PDT, PROS e PCdoB, partidos que devem apoiar Chinaglia na eleição


	Chinaglia: ele deve enfrentar líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, que é um desafeto do Planalto
 (Wilson Dias/ABr)

Chinaglia: ele deve enfrentar líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, que é um desafeto do Planalto (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 20h55.

Brasília - O PT deve anunciar nesta quarta-feira, 17, o nome do deputado Arlindo Chinaglia (SP) como candidato do partido à presidência da Câmara para o biênio que se inicia em 2015.

Chinaglia deve enfrentar o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que é um desafeto do Palácio do Planalto, e que tenta suceder seu correligionário Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) no comando da Casa.

A bancada também articula a formação de um bloco como o PDT, PROS e PCdoB, partidos que devem apoiar Chinaglia na eleição.

Com 69 deputados eleitos, o PT tenta manter a maior bancada da Casa diante da formação de blocos de outros partidos. Dentro da legenda, a constituição de um bloco para a próxima legislatura é tratada como uma questão de sobrevivência.

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), definiu nesta terça-feira, 15, como "natural" o lançamento de Chinaglia (PT-SP).

"Time que quer ser campeão não escolhe adversário", disse Cunha, até agora o favorito na disputa pelo comando da Câmara.

Apesar de integrar o PMDB, um partido da base aliada do Planalto, Cunha é conhecido desafeto da presidente Dilma Rousseff.

O governo teme que, se ele vencer a eleição, em fevereiro de 2015, Dilma terá problemas em votações na Câmara, principalmente no rastro do escândalo de corrupção na Petrobrás.

"Minha candidatura é irremovível, mas não é de oposição ao governo, como dizem", amenizou Cunha, após participar de uma reunião da Executiva do PMDB, que decidiu estender por mais um ano os mandatos dos integrantes do Diretório Nacional e das seções municipais e estaduais do partido.

A conversa de Dilma com o vice-presidente Michel Temer, para bater o martelo sobre as vagas do PMDB no Ministério, foi adiada mais uma vez e transferida para esta quarta-feira.

O PMDB quer ampliar de cinco para seis o número de ministérios que controla. Além disso, reivindica pastas mais "robustas", como Integração Nacional.

Dilma, até agora, resiste a aumentar o espaço do PMDB na Esplanada. Atualmente, o partido comanda Minas e Energia, Previdência Social, Aviação Civil, Agricultura e Turismo.

O único nome definido por Dilma, nas fileiras peemedebistas, é o da senadora Kátia Abreu (TO), que será ministra da Agricultura.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosGoverno DilmaPartidos políticosPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Governo decide que não vai colocar grades no Palácio do Planalto

Explosões em Brasília são investigadas como ato terrorista, diz PF

Sessão de hoje do STF será mantida mesmo após tentativa de atentado

Moraes diz que tentativa de atentado em Brasília não é um fato isolado