Brasil

Dilma não aparece em vídeo do PT em defesa de Lula

No programa, o PT diz que os que hoje tentam "manchar a história" de Lula "são os mesmos de ontem


	Luiz Inácio Lula da Silva: no vídeo de cerca de 10 minutos, o partido afirma que setores da sociedade e da oposição estão desrespeitando as regras e atacando e caluniando o petista
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Luiz Inácio Lula da Silva: no vídeo de cerca de 10 minutos, o partido afirma que setores da sociedade e da oposição estão desrespeitando as regras e atacando e caluniando o petista (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 11h39.

Brasília - O programa de televisão do PT que será exibido em cadeia nacional nesta terça-feira, 23, faz um desagravo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No vídeo de cerca de 10 minutos, o partido afirma que setores da sociedade e da oposição estão desrespeitando as regras e atacando e caluniando o petista. A presidente Dilma Rousseff não aparece no vídeo.

"Já tentaram anular o resultado das eleições, não conseguiram. Aí, pediram para recontar os votos. Queriam ganhar no tapetão, mas não deu certo. Quiseram, então, instalar uma comissão do impeachment na marra. Tiveram que mudar o plano. Agora, atacam e caluniam o presidente Lula. Desrespeitam todas as regras para chegar ao poder a qualquer custo", afirma o partido.

No programa, o PT diz que os que hoje tentam "manchar a história" de Lula "são os mesmos de ontem": "os preconceituosos que nunca aceitam suas ideias".

"Mas não vão conseguir. As ofensas, as acusações, a privacidade invadida. Tudo isso passa, Lula. A luta é antiga e vamos vencer novamente, porque você permanece sendo a voz de um País pobre que se fez forte, que se fez novo. E isso que importa."

No vídeo, o ex-presidente Lula não menciona as acusações e investigações das quais vêm sendo alvo. O petista faz apenas um mea-culpa do partido de forma geral.

"É verdade que erramos, mas acertamos muito mais e podemos melhorar", diz. "Temos tudo para voltar a crescer", emenda Lula, após citar avanços de governos petistas, que, segundo ele, incomodam gente que não gosta de dividir a poltrona dos aviões com os mais pobres.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, também ressalta, no programa, avanços de governos petistas e diz que a sigla está "trabalhando para o Brasil voltar a crescer, sem recuar nos direitos, renda e salários dos trabalhadores".

Sem citar medidas específicas, o dirigente petista diz que nenhuma medida econômica pode ser boa se deixar para trás as pessoas.

Imersa em uma crise política e com a popularidade em baixa, a presidente Dilma não aparece no vídeo. De acordo com o presidente nacional do PT, a petista foi convidada, mas preferiu não gravar o programa.

Ódio

No vídeo, o PT também questiona "por que tanto ódio" contra o partido. "Erros se corrigem, dificuldades passam, o povo sabe disso", diz.

A legenda afirma que mundo tem o direito de defender suas ideias, mas que tem horas que é preciso ser "maior que nós mesmos".

"A hora não é de defender as bandeiras que separaram, é de reunir forças para fortalecer o Brasil", conclama o partido.

No programa, o PT afirma que todos os países passam por períodos de maior e menor crescimento econômico.

Após lembrar crises anteriores, como a de 1929, com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, a legenda diz que a crise de 2008 "ainda não acabou".

"O Brasil quebrou no passado três vezes e teve que pedir dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI)", lembrou.

O vídeo do PT que será veiculado nesta terça foi produzido por Edson Barbosa, mais conhecido como Edinho.

Ele já trabalhou para o PT no passado. Nas últimas eleições presidenciais, foi responsável pela propaganda do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo no início da campanha presidencial de 2014.

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