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PT e PSL querem propor CPI na Alesp para investigar Dersa

Segundo deputado do PT, a ideia é "construir uma maioria" com o PSL para que seja apresentada uma CPI unificada

Plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) (José Antonio Teixeira/Alesp/Divulgação)

Plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) (José Antonio Teixeira/Alesp/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de março de 2019 às 20h25.

São Paulo - Após a derrota de Janaína Paschoal (PSL) para Cauê Macris (PSDB) na eleição da presidência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), deputados estaduais do PT e do PSL, os dois maiores partidos da Casa, começaram a coletar assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Dersa e seu ex-diretor Paulo Vieira de Souza, apontado como o operador do PSDB e da Odebrecht.

As assinaturas estão sendo coletadas separadamente mas, segundo o deputado Paulo Fiorillo (PT), a ideia é "construir uma maioria" com o PSL para que seja apresentada uma CPI unificada. O acordo, se concretizado, será a primeira derrota para o Palácio dos Bandeirantes.

Questionado sobre a união de esforços com o PT, legenda muito antagonizada por integrantes do PSL, o deputado Gil Diniz afirmou, no plenário, que "se o PT assinar comigo a CPI da Dersa, do Paulo Preto, ótimo".

Líder do governo na Assembleia, o tucano Carlão Pignatari minimizou a articulação. "Não temos dificuldade com CPI. Não há problema", comentou.

Na quinta-feira, 14, Paulo Vieira de Souza foi indiciado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em outro processo, o ex-diretor da Dersa foi condenado a 145 anos e 8 meses de prisão por desvios de R$ 7,7 milhões que deveriam ser aplicados na indenização de moradores impactados pelas obras do Rodoanel Sul e ampliação da Avenida Jacu-Pêssego.

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