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PT e PSDB reforçam campanha em Minas na reta final

O Estado é o segundo maior colégio eleitoral do país com 15,2 milhões de eleitores


	Dilma e Aécio: no 1º turno, a petista teve 43,48% dos votos válidos e o tucano, 39,75%
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Dilma e Aécio: no 1º turno, a petista teve 43,48% dos votos válidos e o tucano, 39,75% (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2014 às 11h09.

Belo Horizonte - Segundo maior colégio eleitoral do País com 15,2 milhões de eleitores ou 10,67% do total, Minas Gerais está sendo considerado um dos principais palcos nesta disputa de segundo turno dos presidenciáveis do PT, Dilma Rousseff, e do PSDB, Aécio Neves.

Primeiro por causa do simbolismo - ambos nasceram no Estado -, segundo porque, de acordo com analistas políticos, para conquistar a Presidência da República será preciso garantir a vitória também em Minas.

No primeiro turno, Dilma Rousseff ganhou de Aécio no Estado por uma diferença de cerca de 400 mil votos. A petista teve 43,48% dos votos válidos e o tucano, 39,75%.

A importância do Estado levou lideranças do PT e do PSDB a se empenhar nesta reta final para conquistar o eleitor mineiro. Tanto Aécio como Dilma devem passar por Minas no último dia antes do pleito.

Depois de pedir a bênção no Santuário da Piedade, em Caeté, na segunda-feira, 20, o candidato do PSDB cumprirá outro ritual: visitará o túmulo do avô, Tancredo Neves, em São João Del Rey na manhã de sábado, 25.

Já Dilma fará uma caminhada por Belo Horizonte. Nesta semana, o tucano também passou por Belo Horizonte e a petista esteve em Uberaba, no Triângulo Mineiro.

Além de reforçar a presença dos candidatos no Estado, as estratégicas incluem a mobilização de lideranças nos municípios e a distribuição de material de campanha, com cabos eleitorais nas ruas e panfletagem, e até telefonemas e posts em redes sociais.

Em paralelo à campanha oficial, surgiram em Belo Horizonte muros pichados e materiais apócrifos com críticas aos dois concorrentes.

Apostas

Em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o presidente do PT em Minas Gerais, deputado Odair Cunha, disse que a campanha de Dilma nestes dias que antecedem a votação tem enfatizado o trabalho da militância nas ruas e a participação mais intensiva do governador eleito, Fernando Pimentel (PT), que venceu o tucano Pimenta da Veiga no primeiro turno.

"Estamos reforçando o material de propaganda em que Pimentel aparece ao lado de Dilma para mostrar que os dois podem fazer mais e melhor por Minas", diz Cunha.

O presidente do PT mineiro disse que a sigla tem realizado plenárias e encontros para discutir propostas para o Estado em áreas como segurança pública e saúde.

A ideia é reforçada a tese de que as ações para essas áreas prioritárias podem ser otimizadas caso Dilma seja reeleita, pois ela estará mais em sintonia com o correligionário. "É impossível dissociar Pimentel de Dilma", reitera o dirigente petista.

O presidente do PSDB em Minas Gerais, deputado federal Marcus Pestana, também aposta no trabalho da militância tucana para tentar reverter o resultado do primeiro turno e garantir vantagem a Aécio Neves.

"Apesar dos ataques que estamos sofrendo, muitos deles apócrifos, não vamos sair do nosso estilo propositivo de fazer campanha, pois achamos que uma campanha presidencial não pode ser feita na base do vale-tudo", afirmou ao Broadcast Político.

Cunha rebate o presidente do partido adversário dizendo que foram os próprios tucanos que partiram para o vale-tudo ao trazer para o centro da arena críticas infundadas à presidente Dilma.

"Eles dizem que são a inovação, mas estão com discurso antigo, trazendo o passado de volta, como o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que não cuidou da inflação no governo FHC e faz parte de um projeto que atende os interesses do capital especulativo."

Pesquisas

Neste segundo turno, de acordo com pesquisas de institutos locais divulgadas nesta última semana de campanha, Aécio teria tomado a dianteira entre os mineiros. A expectativa da campanha tucana é chegar ao dia do pleito com vantagem de 1,8 milhão de votos - a meta inicial era abrir 4 milhões.

O dirigente do PT, a exemplo do que fez o presidenciável Aécio Neves ao questionar a pesquisa nacional do Datafolha, questiona as mostras, mas no nível estadual.

"Pelas nossas pesquisas (trackings), retomamos o patamar anterior, de liderança em Minas Gerais, em razão da reflexão da população a respeito do nosso projeto, que é o melhor para o Estado e para o País."

O presidente do PSDB mineiro contesta essa avaliação, destacando que Aécio está crescendo não apenas em Minas, mas em colégios eleitorais importantes do País, sobretudo os da região Sudeste e em Estados do Nordeste, como Pernambuco.

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