Dilma Rousseff e Afif Domingos: "(os partidos) têm uma relação nacional e aqui nós temos um processo político onde nós vamos marchar separados", disse (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2013 às 19h54.
São Paulo - O ministro Guilherme Afif Domingues (PSD) afirmou nesta segunda-feira, 4, que a relação entre o PT e o PSD não ficou abalada por conta das investigações reveladas pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), que tocaram em funcionários da gestão do ex-prefeito e presidente do PSD, Gilberto Kassab.
"(Os partidos) têm uma relação nacional e aqui nós temos um processo político onde nós vamos marchar separados. Aqui em São Paulo não há previsão de marcharmos juntos. Marchamos juntos só em nível nacional", reforçou, após evento de filiação de Cesário Ramalho ao partido, em São Paulo.
Afif ponderou que a notícia das irregularidades cometidas por servidores públicos "é ruim para o setor público e faz com que tenhamos ainda mais cuidado", disse. O ministro criticou o que chamou de "corrupção endêmica". "A corrupção está diretamente ligada ao processo de complicação da legislação, principalmente a tributária. Se cria tanta dificuldade, que depois surgem os agentes da facilidade", afirmou.
O ministro garantiu ainda que permanece no governo da presidente Dilma Rousseff "porque tenho que cumprir a minha missão com a micro e pequena empresa". Sobre a saída do PSD da Prefeitura de São Paulo, Afif afirmou que "isso já estava previsto e não é uma decorrência" das investigações.
Afif rechaçou a possibilidade de que o PSD forme uma chapa com o PSB em São Paulo, indicando um candidato a vice, por exemplo. "Eu acho difícil. O partido precisa sair de São Paulo com uma candidatura que marque o seu início. Com personalidade. E ter a cabeça de chave é um fator determinante", frisou. Questionado se isso já estava de fato definido, ele lembrou: "em política nunca se diz nunca".