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PT e governadores defendem que Lula tem direito de ir a enterro do neto

Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, morreu nesta sexta-feira de meningite e ex-presidente pediu liberação à Justiça para ir a velório

Lula: Ex-presidente, preso em Curitiba, espera decisão da Justiça para ir a enterro (Paulo Whitaker/Reuters)

Lula: Ex-presidente, preso em Curitiba, espera decisão da Justiça para ir a enterro (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de março de 2019 às 16h32.

Última atualização em 1 de março de 2019 às 16h38.

São Paulo - O Partido dos Trabalhadores emitiu nota assinada pela sua presidente nacional, Gleisi Hoffmann, na qual o partido se solidariza com o ex-presidente Lula e sua família, que perderam nesta sexta-feira, 1, Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos. Arthur era neto do ex-presidente.

A nota retoma a argumentação do partido de que Lula é perseguido político e vítima de uma "farsa judicial". "Lula não merece estar preso, porque provou sua inocência diante de todas as acusações falsas que lhe fizeram. Lula tem o direito de compartilhar com seus familiares, o filho Sandro e a nora Marlene, o luto pela morte do pequeno Arthur", diz a nota.

A defesa do ex-presidente já pediu à juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução de sua pena, a liberação de Lula para que ele esteja presente no enterro do neto, que deve acontecer neste sábado (2).

A situação também mobilizou alguns governadores. Atualmente, Lula cumpre pena em Curitiba, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

"Espero que prevaleça o bom senso, a justiça e até o sentimento de solidariedade humana no sentido de que Lula seja autorizado a se despedir do neto", escreveu em seu Twitter o governador da Bahia Rui Costa (PT).

A fala foi endossada pelo governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB). "Espero que não cometam a indignidade, a inominável violência, de impedir que o presidente Lula compareça ao velório do seu neto", escreveu.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), lembrou da decisão da Justiça que impediu que Lula comparecesse ao velório de seu irmão, conhecido como Vavá, que morreu em janeiro deste ano. "Quero crer que não se repetirá a injustiça de negar ao avô velar seu neto. Seria uma crueldade", tuitou a governadora.

Na época da morte de Vavá, a juíza da Vara de execuções Penais de Curitiba Carolina Lebbos levou em consideração um ofício da Polícia Federal que alegava risco de fuga do ex-presidente e até mesmo que manifestações populares pudessem levar a desfechos violentos.

A defesa de Lula já entrou com pedido de liberação para que o ex-presidente participe do enterro do neto. A decisão ficará novamente a cargo da juíza Lebbos.

Confira, na íntegra, a nota do PT: 

"Nota do Partido dos Trabalhadores pela morte de Arthur, neto de Lula
Lula tem o direito de compartilhar com seus familiares, o filho Sandro e a nora Marlene, o luto pela morte do pequeno Arthur

O Partido dos Trabalhadores está solidário com o presidente Lula e sua família, neste momento de dor em que ele perdeu, de forma dramática, o querido neto Arthur, de apenas 7 anos. É mais uma tragédia pessoal que o atinge, em meio à perseguição política e à farsa judicial de que ele é vítima.

A dor de Lula é compartilhada por cada militante do PT e pelos milhões de brasileiros que o reconhecem como o presidente que mais combateu a fome e a mortalidade infantil, com programas sociais, de saúde e geração de renda. O presidente que defendeu a vida e um futuro melhor para nossas crianças.

Lula não merece estar preso, porque provou sua inocência diante de todas as acusações falsas que lhe fizeram. Lula tem o direito de compartilhar com seus familiares, o filho Sandro e a nora Marlene, o luto pela morte do pequeno Arthur.

Muita força, companheiro Lula. Que Deus o abençoe.

Gleisi Hoffmann
Presidenta Nacional do PT"

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