Líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha: partido deve manter a estratégica presidência da Câmara em 2015 e Cunha é o favorito (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2014 às 11h51.
São Paulo - Projeção do Ibope para as eleições de deputado federal mostra que o PMDB tem grandes chances de manter sua bancada e até crescer, enquanto o PT corre sério risco de diminuir de tamanho. Se a projeção se confirmar, os peemedebistas aumentariam a probabilidade de eleger a maior bancada e manter a estratégica presidência da Câmara em 2015. Entre os mais citados nas sondagens, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é o favorito ao cargo.
O Ibope projetou que o PMDB deve eleger pelo menos 72 deputados federais (tem 71 hoje). Mas esse número pode mudar. O instituto deixa 32 cadeiras indefinidas em sua projeção, que podem ser conquistadas por qualquer partido. Além disso, lembra a CEO do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari, "há uma margem de erro nas pesquisas que embasam as projeções sobre o número de cadeiras". Ou seja, também pode haver variação para baixo da previsão.
Mesmo assim, a situação do PMDB é muito mais confortável do que a do PT. Os petistas têm hoje 88 cadeiras na Câmara, mas dificilmente conseguirão manter a bancada desse tamanho. Pela projeção do Ibope, o PT deve eleger ao menos 69 deputados. Para manter seu tamanho atual, o partido precisaria conquistar mais da metade das 32 cadeiras indefinidas.
Os dois partidos que disputam com chances a Presidência da República contra o PT têm probabilidade de crescer na Câmara. O PSDB de Aécio Neves deve sair de seus atuais 44 deputados federais para, pelo menos, 46. E o PSB de Marina Silva deve crescer de 24 para, pelo menos, 27 cadeiras. Ambos podem crescer mais, dependendo de como ficar a repartição das indefinidas.
Outros partidos que devem crescer são o PTB (de 18 para ao menos 26) e o PRB (de 10 para 16). Partidos que devem encolher na Câmara são PSD (de 45 para 36), PP (de 40 para 32), DEM (de 28 para 21), PROS (de 20 para 14) e o Solidariedade (21 para 12). Tudo indica que a pulverização partidária vai aumentar ainda mais, obrigando o futuro presidente a negociar cada votação.