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PT comemora 35 anos com Dilma e Lula como protagonistas

A festa também teve presença do chefe de Estado do Uruguai, José Mujica


	Pimentel, Mujica, Dilma e Lula: a presidente disse que o PT tem "força para resistir ao oportunismo e ao golpismo"
 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Pimentel, Mujica, Dilma e Lula: a presidente disse que o PT tem "força para resistir ao oportunismo e ao golpismo" (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2015 às 11h00.

Belo Horizonte - O PT celebrou nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, seus 35 anos de fundação com uma festa política que teve como protagonistas a presidente Dilma Rousseff, seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva e o chefe de Estado do Uruguai, José Mujica.

A festa do PT se transformou também em um ato de apoio ao tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, que ontem foi interrogado na Polícia Federal como parte da Operação Lava-Jato, que investiga os desvios na Petrobras para supostamente beneficiar políticos aliados.

Em um eufórico discurso para cerca de 2 mil militantes, Dilma disse que o PT tem "força para resistir ao oportunismo e ao golpismo, inclusive quando se manifesta de forma dissimulada" e garantiu que manterá "sem transigir um só momento", o compromisso com o respeito ao dinheiro público e à autonomia das autoridades investigadoras.

"Temos que ter orgulho da Petrobras. Não podemos aceitar que tentem tornar a Petrobras vergonha do Brasil", frisou Dilma, que defendeu a importância "estratégica" da companhia, que enfrenta um gigantesco escândalo de corrupção.

Com uma perda de 58% do valor de mercado nos últimos quatro meses, além da falta de credibilidade e da mudança forçada na presidência, concretizada hoje com a indicação de Aldemir Bendine, que estava à frente do Banco do Brasil, a Petrobras vem sendo o foco das críticas da oposição.

Dilma também reafirmou seu compromisso com as "políticas de inclusão social" para preparar o país para uma "nova etapa de desenvolvimento", como se comprometeu quando foi reeleita para um segundo mandato em outubro.

A governante ficou encarregada de fechar a festa e destacou em seu pronunciamento a "identificação" do PT com os "movimentos populares, com os sindicatos, com os intelectuais, com as igrejas, com os que lutaram contra a ditadura e com os empresários progressistas do país".

A chefe de Estado também defendeu a "prioridade" que tem a educação em sua gestão e os "ajustes necessários" que o governo está fazendo para garantir os "avanços sociais e econômicos", com um "reequilíbrio fiscal".

Por outro lado, lamentou que o Brasil esteja sofrendo "uma das piores secas dos últimos anos", uma situação que deixa o país em uma grave crise hídrica na região sudeste, a mais rica e populosa, que teve "impacto" no preço dos alimentos e no preço da energia.

Antes de Dilma, Lula foi mais direto contra a oposição e declarou que "os golpistas vão prestar contas à história" e criticou a imprensa por "criminalizar o nosso partido. Não importa nem se é verdade" pela forma como os meios vêm abordando os escândalos de corrupção.

Lula se declarou "indignado" pela atitude da Polícia Federal de buscar o tesoureiro do PT em sua casa na quinta-feira e levá-lo para ser interrogado a uma delegacia de São Paulo, sem tê-lo notificado judicialmente antes para que se apresentasse às autoridades.

Um dos momentos mais aplaudidos e ovacionados da noite foi quando Mujica, convidado de honra na festa, se pronunciou para a militância do "companheiro" PT.

"É preciso lutar para distribuirmos o pouco que temos", exclamou Mujica, que citou como exemplo para esse propósito a "luta para que os pobres deixem sua condição", uma bandeira levantada pelo PT em seus 12 anos de governo.

O governante uruguaio citou a importância da Amazônia como um patrimônio do "povo e não das empresas capitalistas".

O evento começou com os discursos sobre a história do PT do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior agremiação sindical do país, Vágner Freitas, e dos governadores petistas do Piauí, Wellington Dias, e da Bahia, Rui Costa.

Depois foi a vez do presidente do partido, Rui Falcão, que pediu aos militantes, "como primeira tarefa", a "defesa" do governo Dilma e do governador anfitrião, Fernando Pimentel. 

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