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PT avalia adiar anúncio de novo presidente nacional após decisão que cancelou votação em Minas

Proclamação de vencedor só ocorrerá se número de votos colégio eleitoral não fizer diferença para o ganhador

O favorito para ganhar a disputa é o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Divulgação/Edinho Silva)

O favorito para ganhar a disputa é o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Divulgação/Edinho Silva)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 6 de julho de 2025 às 18h57.

A cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) avalia se o resultado das eleições para a presidência nacional da legenda poderá ser divulgado nas próximas horas após o cancelamento do pleito do diretório estadual de Minas Gerais.

O novo chefe do partido só será anunciado caso o vencedor tenha número de votos suficiente para garantir a maioria, sem precisar da contagem de Minas.

O favorito para ganhar a disputa é o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Horas depois de a deputada federal Dandara Tonantzin conseguir uma decisão judicial permitindo a manutenção de sua candidatura à presidência do diretório estadual do PT em Minas Gerais, a direção nacional do partido decidiu, na noite de sábado, adiar a eleição no estado.

O pleito em Minas aconteceria neste domingo, juntamente com as demais unidades da federação.

— Hoje não vamos ter o resultado geral. Dependendo da votação que os candidatos tenham, se tivermos um vencedor com número de votos suficiente para que Minas não faça diferença, podemos anunciar — afirmou Humberto Costa (PT-PE).

A eleição para a presidência do PT é realizada com o voto direto dos filiados e a expectativa é de que a apuração que indicará o presidente só termine nesta segunda. A apuração dos votos está centralizada no diretório do partido em São Paulo. O escritório receberá a contagem de cédulas de cada região e elaborar o cálculo final do ganhador.

Ainda nas urnas, depois de escolher o candidato à presidência favorito, os militantes escolheram qual das correntes do PT é a que melhor os representa.

O partido tem pelo menos quatro grandes correntes que dividem os filiados: Construindo um Novo Brasil, de Edinho Silva, Novo Rumo, de Rui Falcão, Articulação de Esquerda, de Valter Pomar, e Movimento PT, de Romênio Pereira.

A corrente que tiver maior percentual de votos, também terá a maioria de membros do diretório nacional, composto por 90 membros. As demais correntes terão representantes de forma proporcional aos votos recebidos. Exemplo: Se a CNB tiver 50% dos votos, metade dos membros do diretório nacional será dessa corrente, se outros 30% dos votos forem para a Novo Rumo, o diretório terá esse mesmo percentual de membros da corrente, e assim por diante.

Cada corrente indicará seus membros para o diretório nacional, podendo haver eleições dentro de cada uma delas, ou escolhas por acordos. Depois de formado o diretório nacional, o grupo escolhe os representantes para um grupo ainda mais seleto dentro da legenda: a executiva nacional, última instância de decisões partidárias.

O novo presidente nacional do PT tomará posse em agosto, no lugar do senador Humberto Costa (PE), que assumiu o comando do partido para um mandato depois que Gleisi foi nomeada ministra em março.

Além do presidente nacional e da escolha pela corrente favorita, os militantes votaram para as presidências estaduais e também diretórios regionais também serão montados conforma os votos recebidos por cada corrente nos estados.

Lula votou no Rio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou, neste domingo, na eleição para o comando do PT. A participação de Lula no pleito não estava programada, porque ele está no Rio de Janeiro, onde participa da Cúpula do Brics. Entretanto, uma urna foi levada ao seu hotel.

"Logo cedo, quem já foi votar no PED 2025 foi ele: o presidente Lula!", publicou o perfil oficial do partido. O presidente estadual do PT do Rio, João Maurício, também publicou uma foto ao lado do presidente. "Começamos o dia ao lado do maior eleitor do Partido dos Trabalhadores", escreveu João Maurício.

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