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PT aposta em Lula para defender governo, garante deputado

O ex-presidente será a principal figura na reunião convocada para segunda-feira na capital paulista pela direção nacional do partido


	Presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se abraçam durante uma coletiva após o resultado da eleição, em Brasília
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se abraçam durante uma coletiva após o resultado da eleição, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2015 às 17h05.

São Paulo - O PT aposta na figura do ex-presidente Lula para convocar movimentos sociais a defender o mandato de Dilma Rousseff, em meio a uma crise política derivada do escândalo de corrupção na Petrobras, garantiu à Agência Efe o deputado federal Paulo Teixeira, sexto mais votado da legenda em São Paulo.

'Lula tem capacidade de orientar para buscar uma unidade no discurso de defender o PT. E também tem a capacidade de orientar mudanças no PT, de exigir maior transparência no partido e defender o governo de Dilma', disse o parlamentar.

O ex-presidente será a principal figura na reunião convocada para segunda-feira na capital paulista pela direção nacional do partido que dará iniciou a uma série de atividades para defender o governo em manifestações populares.

Em 15 de março, quase 2 milhões de pessoas realizaram protestos nas maiores cidades, o principal deles em São Paulo, contra o governo da presidente Dilma Rousseff, muitas das quais reivindicavam o impeachment por conta do escândalo de corrupção na Petrobras.

Segundo Teixeira, Lula deverá dar impulso ao projeto do PT de fazer uma reforma política que elimine o financiamento privado de empresas em campanhas políticas.

Nesse marco e frente ao avanço das manifestações opositoras, o presidente do PT, Rui Falcão, divulgou um vídeo convocando à militância a iniciar a partir de segunda-feira 'uma verdadeira mobilização popular' em todos os estados para defender o partido que comanda o país desde 2003.

O governo Dilma apostou suas fichas este ano no plano de ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que prevê maior rigorosidade em benefícios sociais, como o seguro de desemprego, o que provocou a rejeição das centrais sindicais.

Foram exatamente a Central Única de Trabalhadores (CUT), o Movimento Sem-terra (MST) e a União Nacional de Estudantes (UNE) que preparam uma mobilização nacional à qual aderirá o PT e parte da esquerda governista para 7 de abril.

A popularidade da presidente, de acordo com uma pesquisa do Datafolha, caiu a 13%, isso depois dela ter sido reeleita com pouco mais de três pontos percentuais de diferença no segundo turno, realizado em outubro do ano passado contra Aécio Neves (PSDB).

A oposição, por sua vez, não vê mais a figura de Lula como agregadora como foi em outros tempos, sobretudo depois dos escândalos relacionados a Petrobras.

Na última quinta-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou em entrevista à 'Folha de S. Paulo' que enxerga um enfraquecimento da principal liderança do PT. 'O Lula perde hoje', disse o presidente de honra do PSDB, sobre uma possível saída de Dilma e convocação de novas eleições. 

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