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PT aceita alterações que não comprometam ideário, diz Falcão

Apesar da sinalização, presidente do partido afirmou que PT não está disposto a apoiar fim da reeleição, como Marina tem apontado como principal moeda de troca


	Rui Falcão: "Eu pessoalmente e o PT somos contra o fim da reeleição, mas essa não é uma questão de princípio"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Rui Falcão: "Eu pessoalmente e o PT somos contra o fim da reeleição, mas essa não é uma questão de princípio" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 17h45.

Brasília - O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou nesta terça-feira, 7, que o partido aceitaria fazer mudanças no seu programa de governo para atender demandas da candidata derrotada Marina Silva (PSB), caso ela impusesse exigências para declarar apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

"Se forem alterações que não comprometam o centro do nosso ideário e as propostas que são fundamentais no nosso projeto, não tem problema", disse.

Apesar da sinalização, Falcão afirmou que o PT não está disposto a apoiar o fim da reeleição, como Marina tem apontado como principal moeda de troca para manifestar apoio a algum candidato no segundo turno.

"Eu pessoalmente e o PT somos contra o fim da reeleição, mas essa não é uma questão de princípio", disse.

O sinal de interesse no apoio de Marina veio acompanhado de uma observação de Falcão sobre o crescimento da liderança política dela e de como uma aliança declarada seria ruim para a ex-ministra do Meio Ambiente.

Ou seja, um indício de que o PT torce pela neutralidade de Marina, que vem sendo cortejada pelo PSDB de Aécio Neves.

"Ela é uma liderança política nacional, agora reafirmada, e acho que vai escolher o melhor caminho para ela. Acho que escolher um dos campos, seja o nosso ou do Aécio, ela vai perder um pouco de substância política. Mas essa é uma avaliação para ela fazer", considerou.

O presidente do PT recusou o argumento de que os ataques do PT à Marina no primeiro turno desidrataram demais a candidatura da socialista, inviabilizando o apoio dela ao PT na segunda fase na eleição e colocando como opção mais viável uma aliança dela com Aécio.

"O candidato do PSDB também contribuiu para que ela declinasse (em quantidade de votos), porque também fez muitas críticas a ela, inclusive que ela tinha sido do PT, o que é verdadeiro", disse.

Segundo ele, o PT bateu em pontos nos quais divergia. "O fato é que esse conjunto de críticas (do PT e do PSDB), além da falta de estrutura (partidária) igual à que tinha a nossa candidatura e a do Aécio fizeram com que ela ficasse fora do segundo turno", ponderou Falcão.

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