Brasil

PSOL quer suspender regalias de R$ 500 mil por mês de Cunha

A bancada do PSOL na Câmara preparou um relatório onde contesta manutenção de benefícios mantidos por Cunha, que custam R$ 500 mil por mês


	Eduardo Cunha (PMDB-RJ): partido fará uma reclamação constitucional e pedirá a suspensão dos privilégios que, segundo o partido, custam R$ 500 mil por mês à Casa
 (Adriano Machado/Reuters)

Eduardo Cunha (PMDB-RJ): partido fará uma reclamação constitucional e pedirá a suspensão dos privilégios que, segundo o partido, custam R$ 500 mil por mês à Casa (Adriano Machado/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2016 às 22h33.

Brasília - A bancada do PSOL na Câmara preparou um relatório a ser entregue à Procuradoria Geral da República onde contesta a manutenção dos benefícios mantidos ao deputado afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O partido fará uma reclamação constitucional e pedirá a suspensão dos privilégios que, segundo o partido, custam R$ 500 mil por mês à Casa.

No documento, o PSOL alega que a manutenção das prerrogativas a Cunha é uma afronta e descumpre a decisão do STF. O partido quer suspender o Ato da Mesa que manteve as regalias, alegando que há falta de previsão legal e regimental para deliberação sobre o tema. O PSOL afirma ainda que a Mesa Diretora não poderia dispor sobre a remuneração de deputado afastado do mandato.

Cunha está suspenso do cargo e do mandato desde o dia 5 de maio. Após o afastamento da presidente Dilma Rousseff, a Mesa Diretora decidiu seguir o mesmo modelo de prerrogativas oferecidas à petista.

O ato estabeleceu que Cunha teria direito a salário integral de R$ 33.763,00, uso da residência oficial em Brasília, segurança pessoal, assistência médica oferecida pela Casa, carro oficial reserva e transporte aéreo da FAB (mais simples que o usado pela presidência da Câmara).

O peemedebista também poderia contar com uma equipe do gabinete pessoal e teria R$ 92.053,20 para gastar com os funcionários.

Só foram cortados de Cunha o chamado "cotão" - uma verba adicional de R$ 35.759,20 para atividade parlamentar destinada ao pagamento, por exemplo, de aluguel de carros e passagens aéreas - e o auxílio-moradia de R$ 4.253,00 (recurso que ele já não utilizava por dispor da residência oficial).

Em ação paralela, o vice-líder do PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PA), entrou na segunda, 23, com ação popular em que pedia ao Tribunal Regional Federal a concessão de uma liminar determinando a imediata suspensão dos efeitos de ato da Mesa Diretora. Nas contas do parlamentar, as regalias do peemedebista custam aos cofres públicos R$ 130 mil.

"Não há nenhuma justificativa plausível para que o erário tenha que suportar o ônus da manutenção de tamanha estrutura para quem, sequer, encontra-se no regular exercício do mandato. É neste sentido que batemos às portas da Justiça, com o propósito de suscitar a inexistência de motivos para a edição do Ato da Mesa nº 88/2016 e pleitear a suspensão dos atos ilícitos em questão que estão sendo promovidos pelo referido órgão colegiado", afirmou Jordy.

Além de pedir para sustar a decisão da Câmara, o vice-líder do PPS pediu para que a Justiça determinasse o ressarcimento aos cofres públicos das despesas feitos por Cunha, após a suspensão do seu mandato pelo STF.

Acompanhe tudo sobre:Eduardo CunhaMDB – Movimento Democrático BrasileiroPartidos políticosPolítica no BrasilPSOL – Partido Socialismo e Liberdade

Mais de Brasil

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso

Chuvas fortes no Nordeste, ventos no Sul e calor em SP: veja a previsão do tempo para a semana

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR