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PSOL pede que STF investigue páginas bolsonaristas deletadas pelo Facebook

Partido quer que as contas, usadas para enganar usuários do Facebook, sejam incluídas no inquérito das fake news

 (Banco de Imagens/AP Images)

(Banco de Imagens/AP Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 9 de julho de 2020 às 10h42.

Parlamentares da bancada do PSOL na Câmara ingressaram com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro Alexandre de Moraes inclua nas investigações do inquérito que apura a disseminação de fake news, os fatos apurados pelo Facebook para deletar 88 páginas bolsonaristas da plataforma nessa quarta-feira. O partido solicita ainda que os administradores associados a elas sejam responsabilizados.

As contas, páginas e grupos na rede social eram ligados a funcionários dos gabinetes do presidente da República, Jair Bolsonaro, parlamentares da base de apoio, e aos filhos: o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos - RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O conteúdo publicado por essas contas era favorável ao presidente.

Na decisão de apagar as contas, a plataforma considerou que elas enganavam os usuários, já que os administradores usavam identidades falsas na rede e fingiam ser veículos de imprensa. Entre as publicações, havia conteúdos de ataque ao STF, além de ataques a adversários políticos de Bolsonaro e discurso de ódio. Por isso, os deputados querem que as informações apuradas pela rede social para determinar a exclusão das contas sejam parte da investigação na corte.

O grupo de deputados ainda solicitou ao ministro a busca e apreensão de provas e indícios que liguem as contas extintas ao objeto do inquérito, "diante da possibilidade de ocultamento e destruição de provas".

No Supremo, a rede de blogueiros, empresários e deputados bolsonaristas, que seriam articulados por pelo vereador Carlos Bolsonaro, já foi alvo de buscas no âmbito do inquérito das fake news, que também apura ataques à corte. A investigação tramita sob sigilo e o relator é Alexandre de Moraes.

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