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PSOL fará "plantão" para estudar cassação dos investigados

O deputado Ivan valente disse que assessores farão espécie de plantão no fim de semana, para avaliar teor de acusações contra políticos da Lava Jato


	O deputado federal Ivan Valente: "vamos analisar se o procurador poderia já ter pedido o indiciamento e não pediu. Vamos analisar caso a caso"
 (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)

O deputado federal Ivan Valente: "vamos analisar se o procurador poderia já ter pedido o indiciamento e não pediu. Vamos analisar caso a caso" (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2015 às 18h08.

Brasília - Na expectativa de que o ministro Teori Zavascki, do STF, retire o sigilo dos pedidos de inquérito contra parlamentares envolvidos na Lava Jato, o deputado federal Ivan valente (PSOL-SP) afirma que os assessores de seu partido e os próprios deputados farão uma espécie de "plantão" no fim de semana.

O objetivo, segundo ele, é avaliar o teor das acusações contra os políticos para saber se é cabível um processo de cassação de mandato dentro do Congresso.

"Vamos analisar se o procurador poderia já ter pedido o indiciamento e não pediu. Vamos analisar caso a caso", afirma Valente.

Segundo ele, o PSOL não se compromete a pedir automaticamente a cassação dos políticos que estão na lista porque, primeiro, o partido quer conhecer essas acusações.

"Para alguns, pode haver provas mais consistentes. Para outros, provas menos consistentes", argumenta.

Valente afirma que o PSOL tentará convocar todos os políticos que estiverem na lista para depor na CPI da Petrobras aberta pela Câmara.

"Quem estiver na lista, o PSOL propõe que seja convocado: deputado, senador, presidente do Congresso, presidente da Câmara. Isso já é um palco em que vão vai ter que se explicar. Não precisa ser necessariamente no Conselho de Ética. Mas, se a acusação for muito grave e explícita, podemos pedir Conselho de Ética", afirma em referência ao colegiado que pode conduzir, dentro da Câmara e do Senado, os processos de cassação.

Segundo noticiado nessa quinta-feira, 5, pelo jornal O Estado de S. Paulo, políticos com mandato são maioria entre as pessoas que a Procuradoria-Geral da República pediu para o STF investigar - cerca de 45 dos 54 nomes da lista enviada ao Supremo.

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