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Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 17h54.
Rio - O PSOL busca um candidato à presidência da Câmara para enfrentar o favorito Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) na eleição de 4 de fevereiro. A plataforma de campanha já tem as linhas gerais: democratização da participação parlamentar no plenário e nas comissões; fim do voto secreto; independência em relação ao Executivo e ao poder econômico; fim do 14º e do 15º salários; transparência absoluta nos gastos, entre outros compromissos. O escolhido deverá ser Chico Alencar (PSOL-RJ), mas, segundo o presidente do partido, Ivan Valente, nomes de outros partidos ainda estão em discussão.
"Queremos um candidato alternativo, com uma proposta mais frontal de mudanças. Vamos conversar com vários deputados independentes, que têm uma postura mais democrática. Vamos ver quem se habilita", diz Valente.
"Para nós as eleições do Henrique Alves na Câmara e do Renan Calheiros no Senado cristalizam essas formas atrasadas de fazer política e consagram o clientelismo, o fisiologismo. Queremos um nome que mostre essas chagas e que melhor encarne nossas propostas. É uma candidatura com caráter simbólico. As chances de vitória são pequenas, mas cria um balizamento para acompanhar a nova gestão da Câmara", afirma Chico Alencar.
O deputado do Rio está encarregado da minuta da plataforma, que será encaminhada a um grupo de 40 deputados, entre os quais Reguffe (PDT-DF), Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), Luiza Erundina (PSB-SP) e Domingos Dutra (PT-MA). As propostas também serão enviadas aos dois concorrentes de Henrique Alves, a também peemedebista Rose de Freitas (ES) e Júlio Delgado (PSB-MG).
Há dois anos, o PSOL inscreveu a candidatura avulsa de Chico na última hora e o deputado teve 16 votos na eleição que escolheu o petista Marco Maia (RS) presidente da Câmara. Um acordo entre PT e PMDB garantiu ao partido de Henrique Alves e Renan Calheiros as presidências da Câmara e do Senado no período 2013-2014. Ainda existe uma possibilidade de o PSOL votar em Júlio Delgado, se o candidato se comprometer com algumas propostas da plataforma elaborada pelo partido. "O Júlio não tem se colocado em uma perspectiva de confronto. Qualquer um de nós (do grupo de independentes) pode assumir esta missão", diz Chico Alencar.