Brasil

PSOL afasta deputado que votou para libertar parlamentares no Rio

Picciani, Paulo Melo e Albertassi foram presos ontem (16), após terem sido denunciados na Operação Cadeia Velha

Picciani: Paulo Ramos informou que já tinha comunicado ao partido que não iria mais atuar com a bancada (Valter Campanato/Agência Brasil)

Picciani: Paulo Ramos informou que já tinha comunicado ao partido que não iria mais atuar com a bancada (Valter Campanato/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 17 de novembro de 2017 às 19h50.

O PSOL decidiu pelo imediato afastamento do deputado estadual Paulo Ramos do partido e iniciou, na comissão de ética do partido, seu processo de expulsão, após o parlamentar votar na tarde de hoje (17), acompanhando a maioria, pela libertação do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani; do líder do governo, Edson Albertassi; e de Paulo Melo, ex-presidente da Alerj, todos do PMDB.

"O deputado estadual Paulo Ramos, que já vinha se apresentando como desligado da bancada do PSOL, tomou hoje uma atitude inaceitável: votou contra a decisão do partido e foi um daqueles que revogou a decisão unânime do TRF [Tribunal Regional Federal] que determinava a prisão de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB", diz a nota do PSOL.

Picciani, Paulo Melo e Albertassi foram presos ontem (16), por determinação unânime do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), após terem sido denunciados na Operação Cadeia Velha, que investiga a corrupção entre parlamentares e empresas de ônibus, com recebimento de propinas.

Para o PSOL, "o deputado se colocou ao lado da máfia dos transportes, das empreiteiras e de todos aqueles que saquearam o estado do Rio de Janeiro nas últimas décadas".

Paulo Ramos informou que já tinha comunicado ao partido que não iria mais atuar com a bancada e que teria uma postura independente.

"O PSOL não concordar com a minha posição é um direito, mas não pode dizer que eu fiquei ao lado 'da máfia dos transportes, das empreiteiras e de todos aqueles que saquearam o estado do Rio de Janeiro'. Eles deveriam ter ouvido o meu pronunciamento. O que estou defendendo é a Constituição, é o Estado Democrático de Direito. Deputado só pode ser preso por crime inafiançável", afirmou.

Para o parlamentar, o PSOL estava esperando um pretexto para afastá-lo. "Eles admitiram a minha filiação, eles agora que me expulsem, mas que, pelo menos, me ouçam", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoPSOL – Partido Socialismo e LiberdadeRio de Janeiro

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP