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PSL reúne eleitos em Brasília para discutir apoio na Câmara

Oficialmente, integrantes do partido afirmam que o encontro foi agendado para que os novos deputados conheçam o funcionamento do Congresso

Imagem de arquivo de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) (Eduardo Bolsonaro/Facebook/Divulgação)

Imagem de arquivo de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) (Eduardo Bolsonaro/Facebook/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de novembro de 2018 às 11h54.

Brasília - O PSL, partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, vai reunir a sua futura bancada no Congresso pela primeira vez nesta quarta-feira, 21. Apesar de o objetivo oficial ser a apresentação do funcionamento do Legislativo, integrantes do partido aproveitarão para azeitar os posicionamentos da sigla em relação às pautas prioritárias e à definição sobre a presidência da Câmara.

Como segunda maior bancada, com 52 deputados eleitos, e a possibilidade de ultrapassar o PT com novos nomes que devem migrar para a legenda, o PSL exercerá grande influência na definição sobre o comando da Casa. A questão, no entanto, divide os eleitos.

Há três movimentos dentro do partido que prometem gerar faíscas no encontro. Pessoas mais próximas a Bolsonaro defendem a tese apresentada por ele de que a presidência da Câmara deveria ficar com alguém de um partido aliado para aumentar a coalizão governista. A ideia, no entanto, enfrenta resistência porque tiraria do partido a decisão sobre a pauta da Câmara.

Outra ala defende a recondução do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Alguns parlamentares, no entanto, consideram que o DEM já está bem contemplado no governo Bolsonaro por ter dois ministros indicados até agora. Outro grupo, liderado pela deputada eleita Joice Hasselmann (SP), avalia que é impossível apoiá-lo porque Maia conta com os votos de partidos de esquerda, como o PCdoB.

A terceira via é a do lançamento de um nome próprio. Três integrantes do PSL já circulam como possíveis candidatos. O presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), é um dos cotados. Ele conta com apoio de parte da sigla que defende um fortalecimento do PSL no Congresso. Delegado Waldir (GO) e Joice Hasselmann (SP), porém, também devem entrar no páreo.

No Senado, o partido admite não ter forças suficientes para definir a presidência da Casa. Com 4 senadores eleitos, o PSL ainda não fechou questão sobre quem poderá apoiar. Mas, se houver espaço, a sigla pretende lançar o nome de Flávio Bolsonaro (RJ) ao cargo.

Oficialmente, integrantes do partido afirmam que o encontro foi agendado para que os novos deputados conheçam o funcionamento do Congresso, suas regras e como poderão atuar.

Por um grupo de WhatsApp, praticamente quase todos os eleitos já confirmaram presença no evento, que será realizado em um hotel em Brasília.

O encontro deverá ser longo. Na programação, os poucos correligionários com experiência na Casa devem palestrar para os novatos (maioria no grupo) sobre questões como regimento e burocracias do Poder Legislativo.

A palestra de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), campeão de votos deste ano e filho do presidente eleito, é um dos eventos mais esperados. Haverá também um espaço para cada um dos 52 deputados e 4 senadores eleitos, que estiverem presentes, se apresentar e falar um pouco sobre suas ideias.

Parlamentares de outros partidos que pretendem migrar para o PSL também devem comparecer. A deputada eleita pelo PRP Bia Kicis já confirmou presença.

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