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PSL deve reivindicar presidência da Câmara, diz deputado do partido

O deputado federal Luciano Bivar é um dos 52 deputados federais eleitos do partido, a segunda maior bancada do Congresso

CONGRESSO:79% dos 513 deputados federais tentarão a reeleição em outubro / Adriano Machado/ Reuters (Adriano Machado/Reuters)

CONGRESSO:79% dos 513 deputados federais tentarão a reeleição em outubro / Adriano Machado/ Reuters (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de outubro de 2018 às 13h59.

Brasília - O presidente licenciado do PSL e deputado federal eleito, Luciano Bivar (PE), afirmou nesta segunda-feira que o partido deverá se tornar a maior bancada da Câmara dos Deputados no próximo ano com a migração de parlamentares e, nessa condição, deve reivindicar a presidência da Casa, no início do que ele acredita que será o governo do correligionário Jair Bolsonaro.

"Ora, tradicionalmente o partido que tem mais deputados é quem indica o presidente da Câmara. Então, isso é um assunto para se discutir depois do dia 28 de outubro", disse Bivar, em entrevista à Reuters.

Bivar, que disse que vai reassumir o comando do partido em dezembro, não quis adiantar se colocaria seu nome para presidir a Câmara.

"Olha, isso é uma coisa do partido, então vamos ver como vai decorrer. A gente está muito focado agora na eleição do Jair Bolsonaro", ressalvou.

O presidente licenciado destacou que o partido esperava conquistar uma grande bancada, mas se surpreendeu com o resultado. O PSL, que hoje tem oito deputados, elegeu 52 deputados, ficando atrás somente do PT, com 56.

Ele conta com a migração de parlamentares de outras legendas que não atingirem a chamada cláusula de barreira --norma que impede ou restringe o funcionamento parlamentar ao partido que não atingir um percentual de votos-- para suplantar os petistas e se tornar a principal força da Câmara.

"Não imaginava que o povo estava tão indignado como nós. Então isso é uma prova insofismável da indignação do povo. Então elegemos hoje a maior bancada, pode ficar certo que esses outros partidos que não alcançaram a cláusula de barreira migrarão para o nosso lado e vamos ser, sem dúvida, o partido de maior bancada na Câmara Federal", disse.

Bivar afirmou que a eleição de parlamentares do PSL e de outros partidos simpáticos a Bolsonaro neste domingo demonstra que o candidato a presidente do partido, caso venha ser eleito, terá uma base no Congresso "consistente demais".

"Vamos ter absolutamente toda a bancada, governabilidade perfeita, vamos viabilizar os projetos que a sociedade exige, as reformas que estão aí em curso vamos concluí-las. Acho que a gente vislumbra uma coisa muito boa para a nação brasileira", disse.

"Não tenho dúvida que a gente vai atingir isso (maioria parlamentar) com facilidade porque a gente professa o bem. Os novos deputados que estão aí sabem que, se não for por esse caminho, a vida dele é um voo de galinha", completou.

O dirigente partidário disse acreditar que somente o PT, a quem chamou de "seita" e não de partido, deve ficar na oposição a um eventual governo Bolsonaro. Segundo ele, o deputado que se alinhar a "essa seita a tendência deles é se acabar".

Apesar de otimista com uma vitória no segundo turno, Bivar afirmou que a disputa não será fácil contra a candidatura do petista Fernando Haddad. Para ele, as 3 semanas a mais vão servir para que as propostas da campanha de Bolsonaro fiquem cristalinas as diferenças entre os projetos.

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