Brasil

PSDB terá chapa única e dois candidatos a líder

Pela fórmula desenhada na cúpula da legenda, o vencedor na votação vai indicar 70% dos cargos da executiva, e o derrotado 30%

Alberto Goldman: "se tiver dois candidatos, então o presidente será eleito diretamente pelo voto dos convencionais, o que é inédito no partido" (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)

Alberto Goldman: "se tiver dois candidatos, então o presidente será eleito diretamente pelo voto dos convencionais, o que é inédito no partido" (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 08h31.

Brasília - Em reunião realizada nesta quarta-feira, 22, em Brasília, a comissão eleitoral do PSDB que está organizando a convenção nacional da sigla chegou a um acordo para que haja uma chapa única na disputa pelos 177 cargos do diretório nacional tucano.

Esse foi o primeiro passo, segundo dirigentes do partido, para a construção de um consenso entre os dois candidatos ao comando do PSDB: o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador Marconi Perillo (GO).

Pela proposta do ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, presidente interino da legenda, os cerca de 450 delegados na convenção marcada para o próximo dia 9, em Brasília, votarão duas vezes: primeiro em um dos dois candidatos a presidente e, na sequência, na chapa única.

Pela fórmula desenhada na cúpula da legenda, o vencedor na votação vai indicar 70% dos cargos da executiva, e o derrotado 30%.

"Esse é o primeiro passo para se chegar a um consenso na formação da executiva e, consequentemente, na unidade do partido", disse ao Estado o deputado federal Silvio Torres (SP), secretário geral do PSDB e membro da comissão eleitoral.

"Se tiver dois candidatos, então o presidente será eleito diretamente pelo voto dos convencionais, o que é inédito no partido. A votação em chapa única do diretório diminui o clima de confronto", avalia Goldman.

Após o acordo, os tucanos passaram a dizer que a eventual disputa pela presidência do partido pode ocorrer sem deixar traumas. Apesar disso, em outra frente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ainda tem atua nos bastidores para costurar a candidatura única.

Uma opção para se chegar ao consenso é indicar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para a presidência do PSDB, o que daria flexibilidade para ele viajar o Brasil como pré-candidato à Presidência em 2018.

"O fato é que minha candidatura está absolutamente de pé. Vou até a convenção como candidato a presidente do PSDB, sempre buscando a unidade e o consenso. Ontem à noite falei com FHC, que estava em Washington. A consulta, se concordaria com uma chapa única, já tinha sido feita pelo presidente Goldman. Eu disse que concordo. Na hora da Executiva é outra conversa", disse Perillo.

A executiva do PSDB deve ser reunir na semana que vem para debater a elaboração do novo estatuto e do programa do partido. Os tucanos não conseguiram, porém, chegar a um consenso sobre a reforma da Previdência e vão liberar a bancada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Partidos políticosPSDB

Mais de Brasil

Governador gaúcho pede que populações deixem áreas de risco

Defesa Civil alerta para ventos fortes na faixa leste de São Paulo

AGU vai definir estratégia para contestação de derrubada do IOF

'Absurdo atrás de absurdo': irmã de Juliana Marins sobre divulgação de autópsia antes de laudo final