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PSDB tenta evitar que Dilma se defenda, diz Adams

Declaração foi dada pelo advogado devido à informação de que o partido pretende recorrer à Justiça para impedir que a presidente use o Planalto em sua defesa


	Luis Inácio Adams: “Infelizmente, o PSDB está querendo usar de todos os instrumentos para evitar que a presidente se defenda", disse
 (AGÊNCIA BRASIL)

Luis Inácio Adams: “Infelizmente, o PSDB está querendo usar de todos os instrumentos para evitar que a presidente se defenda", disse (AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 17h55.

Brasília - O advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, disse hoje (11), que o PSDB tenta evitar que a presidente Dilma Rousseff se defenda no processo de impeachment de seu mandato.

A declaração de Adams foi motivada pela informação de que o partido pretende recorrer à Justiça para que seja investigado se a presidente está fazendo uso da estrutura presidencial em sua defesa.

Segundo Adams, a defesa do mandato da presidente não é partidária, mas institucional, com objetivo de esclarecer os atos de governo que foram questionados.

“Infelizmente, o PSDB está querendo usar de todos os instrumentos para evitar que a presidente se defenda. A presidente tem o direito de se defender. Da mesma forma que eles usam o parlamento para defender a acusação e usam os espaços públicos para defender a acusação, a presidente tem direito de defender o seu mandato”, afirmou o advogado-geral da União.

Adams se reuniu na tarde desta sexta-feira com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para entregar a manifestação da Presidência da República na ação em que o PCdoB questiona a validade da Lei 1.079/50, que define os crimes de responsabilidade do presidente da República e ministros de Estado e regula o respectivo processo de julgamento.

No documento, a AGU pede que a Corte anule decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deu partida no procedimento de impeachment, por falta de defesa prévia, além da anulação da votação secreta para eleição dos membros da comissão especial seja anulada.

Para o órgão, a decisão de Cunha revela “parcialidade” no processo de condução do impedimento.

Outra posição defendida pelo governo é sobre a prerrogativa do Senado de instaurar o impedimento.

Adams sustenta que os deputados apenas autorizam a abertura do impeachment, cabendo exclusivamente aos senadores a decisão de julgar a presidente pelo crime de responsabilidade.

Dessa forma, mesmo se a Câmara decidir, por dois terços de seus parlamentares pela abertura do impeachment, o Senado poderia arquivar o pedido. A mesma tese é defendida pelos advogados do Senado.

“É necessário que as duas casas concordem, e isso se dá com a decisão de instauração ou não. A Constituição é clara. O processo é instaurado no Senado, o processo não é instaurado na Câmara. A Câmara autoriza que haja essa apreciação pelo Senado. O Senado não é linha de transmissão da Câmara. Não é órgão subordinado à Câmara”, argumenta Adams.

Na quarta-feira, o ministro Edson Fachin suspendeu a tramitação do pedido de impeachment de Dilma até quarta-feira (16), quando a Corte deve julgar, a pedido do PCdoB, partido da base aliada do governo, a validade da Lei 1.079/50, que regulamentou as normas de processo e julgamento do impeachment.

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