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PSDB tem que ter independência do governo Bolsonaro, diz Alckmin

Afirmação foi em resposta ao questionamento sobre a aproximação entre Palácio do Planalto e o governador de São Paulo, João Doria, do seu partido

Alckmin: presidente do PSDB defendeu que os tucanos têm de ter independência em relação ao governo Bolsonaro (Agência Brasil/Agência Brasil)

Alckmin: presidente do PSDB defendeu que os tucanos têm de ter independência em relação ao governo Bolsonaro (Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 14h40.

Brasília — O presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, defendeu na quarta-feira (23), que os tucanos têm de ter independência em relação ao governo Jair Bolsonaro. A afirmação de Alckmin foi em resposta ao questionamento do Broadcast Político sobre a aproximação entre Palácio do Planalto e o governador de São Paulo, João Doria, do seu partido.

"Não (acho que o PSDB esteja cada vez mais dentro do governo). Acho que o PSDB tem de ter independência em relação ao governo. Tudo aquilo que for interesse do País, que estiver de acordo com o nosso programa e nossa proposta, é nosso dever apoiar", disse.

Alckmin evitou endossar ainda as declarações de Doria sobre uma guinada do PSDB para o centro. Isso porque, ao jornal Folha de S.Paulo, Doria disse que o partido "vai mudar" para uma sigla de "posições de centro".

"O PSDB é um partido de centro. Sempre foi. Longe dos extremos. O PSDB é um partido com profundo compromisso com a democracia, inclusive a interna, um partido reformista, do mundo, da velocidade da mudança, liberal na economia, acreditamos na economia de mercado e com visão social. Vivemos num país que tem 15 milhões de pessoas na miséria, não é nem na pobreza. Você precisa ter a questão da desigualdade da justiça social, é essencial", respondeu.

Sobre a possível indicação do deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) para a presidência do PSDB, por sugestão de Doria, Alckmin foi evasivo.

"Não vejo nenhum problema. Vamos ter as eleições municipais em fevereiro; zonais, em março; estaduais, abril; nacional, em maio. Vamos fazer de março a maio o congresso do partido, exatamente para abrir o debate, atualizar o estatuto partidário, o programa partidário. Vamos esperar a posse dos novos deputados, senadores, para fazer o congresso partidário".

Alckmin falou à imprensa, após passar o dia em Brasília. Na capital federal, ele almoçou com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que é candidato à Presidência do Senado, e negou que os tucanos não precisam assumir uma postura anti-Renan Calheiros (MDB-AL), que também deve disputar o cargo. "Candidatura do Tasso não é anti ninguém. É uma candidatura que fortalece o Senado. Brasil precisa ter instituições fortes e sólidas. Senado é uma dessas instituições. Tasso fortalece essa instituição", disse.

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