Aécio Neves tem conversado com Malan, Armínio e Bacha, e conta com eles como formuladores do discurso para a candidatura presidencial de 2014 (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 13h54.
Rio de Janeiro- Sem candidatos competitivos no Rio de Janeiro desde meados dos anos 1990, o PSDB está em busca de um nome para disputar a sucessão do governador Sérgio Cabral (PMDB) em 2014 e oferecer um palanque forte ao provável candidato tucano à Presidência da República, o senador e ex-governador mineiro Aécio Neves. Uma tarefa árdua.
O plano de fugir dos políticos tradicionais esbarra na falta de entusiasmo dos escalados pelo partido, quatro economistas de destaque no governo Fernando Henrique Cardoso: o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan; os ex-presidentes do Banco Central Gustavo Franco e Armínio Fraga e um dos pais do Plano Real, Edmar Bacha.
Depois de Armínio declarar que não é "do ramo" nem tem vocação para a disputa eleitoral, Bacha também anunciou que não pretende concorrer ao governo. "Tem muita gente na minha frente", brincou o economista. "Pode me cortar", afirmou Bacha, que disse torcer para o partido encontrar um nome forte para disputar o governo do Rio.
Aécio tem conversado com Malan, Armínio e Bacha, e conta com eles como formuladores do discurso para a candidatura presidencial de 2014. "Em outras eleições majoritárias já cogitamos os nossos economistas, mas nunca se concretizou. Agora, com o projeto da presidência, Aécio pode motivá-los", diz o presidente do PSDB-RJ, Luiz Paulo Corrêa da Rocha.