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PSDB rejeita impeachment, mas apoia protestos de domingo

O senador Aécio Neves disse que não participará das manifestações, mas seu partido convocou a militância a ir às ruas


	Aécio Neves: "Eu optei por não ir exatamente para não dar força a esse discurso de que nós estamos vivendo terceiro turno no Brasil"
 (Gabriela Korossy/ Câmara dos Deputados)

Aécio Neves: "Eu optei por não ir exatamente para não dar força a esse discurso de que nós estamos vivendo terceiro turno no Brasil" (Gabriela Korossy/ Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2015 às 13h33.

Brasília - O PSDB convocou a militância nesta quarta-feira para participar dos protestos marcados para domingo contra a presidente Dilma Rousseff, mas o presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG), não irá às manifestações e disse que o impeachment não faz parte da agenda do partido.

"O PSDB estará ao lado de milhares de brasileiros em todas as regiões do país com seus militantes, simpatizantes e com todas as suas lideranças", anunciou Aécio a jornalistas após reunião da Comissão Executiva do partido, em Brasília.

Segundo ele, os protestos, que também devem pedir o impeachment da presidente, expressam o "grande sentimento de indignação da sociedade brasileira em relação à degradação moral e os gravíssimos problemas sociais e econômicos promovidos pela presidente Dilma Rousseff". 

Questionado se essa posição indica que o partido está apoiando o impeachment, Aécio disse que isso não é a pauta do PSDB, mas não é possível ignorar que há "setores da sociedade" que defendem a saída da presidente.

"Nós não proibimos e não estamos proibidos de dizer a palavra impeachment. Ela apenas não está na agenda do PSDB", afirmou.

Apesar disso, um tucano afirmou logo após a reunião, pedindo para não ter seu nome revelado, que a legenda ainda não discutiu a possibilidade, mas há uma divisão na Executiva sobre o tema. "Alguns são mais exaltados a favor", disse.

Aécio afirmou que não vai às manifestações, apesar de incentivar os tucanos a participar.

"Eu optei por não ir exatamente para não dar força a esse discurso de que nós estamos vivendo terceiro turno no Brasil", disse o senador, que foi derrotado por Dilma no segundo turno da eleição presidencial no ano passado.

"O fato de eu ter disputado as eleições com a presidente Dilma Roussef pode fortalecer esse discurso que não é verdadeiro", argumentou.

Na segunda-feira, Dilma e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, interpretaram as manifestações e panelaços em várias cidades do país, durante pronunciamento na TV da presidente no domingo, como uma iniciativa de eleitores que votaram na oposição e que incentivavam um terceiro turno da eleição.

"Terceiro turno das eleições para qualquer cidadão brasileiro não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática", disse Dilma aos jornalistas na segunda-feira, após cerimônia no Palácio do Planalto.

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