FHC: segundo Brusadin, ministrador do curso, um dos principais ataques encontrados na redes sociais contra tucanos é em relação ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (REUTERS/Paulo Whitaker)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2013 às 16h36.
Brasília - Integrantes do diretório estadual do PSDB em São Paulo preparam um curso para os correligionários aprenderem a monitorar ações dos adversários nas redes sociais e detectar reivindicações de internautas que poderão ser inseridas nos programas do partido.
A legenda contratou para um aula de oito horas Maurício Brusadin, ex-presidente do PV em São Paulo e integrante da campanha de Marina Silva à presidência em 2010. O curso deve ocorrer no sábado, 14, para 200 "militantes digitais" do PSDB.
"Evidente que, se eu disser que não vamos monitorar ações dos adversários, estaria mentindo. É evidente que serão monitoradas as ações porque a rede se tornou um lugar um pouco sujo. Há muitas agressões. Já estou com o monitoramento ligado ao PSDB a algum tempo e há muitas agressões com banners, vídeos, textos com todos assuntos possíveis", disse Brusadin ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Segundo ele, um dos principais ataques encontrados na redes sociais contra os tucanos é em relação ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Tem um nicho muito grande, que deve ser do PT, que fica comparando o governo do Fernando Henrique com o governo do PT e com uma série informações que não procedem. São banners comparativos desses governos, mas jogando sempre a questão do governo Fernando Henrique para baixo. Do ponto de vista estadual, grande parte das agressões é com relação ao governador Geraldo Alckmin (de São Paulo) com banners que beiram inclusive a baixaria", afirmou.
Para Brusadin, apesar da divulgação de possíveis "inverdades" na web, recorrer à Justiça não será a orientação inicial. "Eu sempre acho que a via judicial na internet é o pior dos mundos porque você dá mais publicidade. O melhor caminho é a militância tucana estar ativa e, ao estar ativa, poder responder sem bate-boca, sem entrar num jogo de uma briga doméstica", considerou.
Além do monitoramento das atividades dos adversários, outro objetivo do curso será o de discutir o poder da comunicação em rede. "Não podemos ir para a rede com a cabeça de comunicação de massa. É uma central de relacionamento de conteúdo, de causas para ouvir, para dialogar,para discutir", afirmou.
"Tão importante quanto buscar a maneira como você age na rede é entender a rede. Infelizmente os partidos políticos já trabalham com a rede como se ela fosse um veículo de comunicação de massa", acrescentou.