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PSDB quer investigação contra Lula por 'Mensalão'

Lula teria indicado que o julgamento realizado pelo Supremo começasse depois das eleições municipais previstas para outubro

Segundo a ''Veja'', Lula pediu para o ex-ministro de Justiça Nelson Jobim marcar uma reunião com Mendes (José Cruz/ABr)

Segundo a ''Veja'', Lula pediu para o ex-ministro de Justiça Nelson Jobim marcar uma reunião com Mendes (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2012 às 15h16.

Brasília - O PSDB anunciou nesta segunda-feira que pedirá a investigação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por exercer pressões sobre um juiz do Supremo Tribunal para tentar adiar o julgamento do ''Mensalão''.

O senador Álvaro Dias (PSDB), que fez o anúncio, disse que encaminhará o pedido à Procuradoria Geral da República com base na reportagem publicada neste fim de semana pela revista ''Veja''.

Segundo a publicação, o magistrado Gilmar Mendes, membro do Supremo, disse que se reuniu com Lula em abril onde surgiu uma conversa sobre adiar o processo do ''Mensalão'', o maior escândalo do Governo Lula que envolve subornos a parlamentares e financiamento ilegal de campanhas.

Segundo a ''Veja'', Lula pediu para o ex-ministro de Justiça Nelson Jobim marcar uma reunião com Mendes, que teria ocorrido em 26 de abril. No encontro, a revista destaca que o ex-presidente disse que seria melhor o adiamento do processo.

De acordo com os fatos relatados, Lula teria indicado que o julgamento realizado pelo Supremo começasse depois das eleições municipais previstas para outubro, aparentemente com a intenção de não manchar a imagem do PT. ''Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações do ex-presidente Lula'', declarou Mendes, citado pela ''Veja''.

O teor da conversa, segundo o ex-ministro Jobim, foi cordial e enquanto ele esteve presente não teve nada relacionado com o julgamento do ''Mensalão''.

A suposta pressão de Lula despertou uma onda de críticas que foi além dos partidos de oposição. O presidente da Ordem de Advogados, Ophir Cavalcante, que divulgou uma nota na qual afirmou: ''Se for confirmado o teor dessa conversa, se trata de um caso de extrema gravidade''. Na opinião de Cavalcante, o ex-presidente Lula deve explicações à sociedade.

O assunto também foi comentado no Supremo e o magistrado Marco Aurélio Mello considerou que, diante a gravidade dos supostos fatos é ''necessário conhecer a verdade''. 

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