Brasil

PSDB libera bancada para voto sobre denúncia contra Temer

Líder do partido Ricardo Trípoli vai orientar favoravelmente à admissão do julgamento contra o presidente

Michel Temer: bancada do PSDB --principal aliado do governo-- está rachada desde a votação sobre a denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ (Brazil Photo Press / CON/Getty Images)

Michel Temer: bancada do PSDB --principal aliado do governo-- está rachada desde a votação sobre a denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ (Brazil Photo Press / CON/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 2 de agosto de 2017 às 12h03.

Brasília - O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP), afirmou na reunião da bancada do partido na manhã desta quarta-feira que vai orientar o voto dos deputados a favor da autorização para que o Supremo Tribunal Federal julgue a denúncia contra o presidente Michel Temer, disse Silvio Torres (SP), que participou do encontro.

Segundo o deputado, Trípoli vai orientar favoravelmente à admissão do julgamento porque isso representa a vontade da maioria da bancada.

Outra decisão tomada no encontro foi liberar o voto dos deputados. Sem o fechamento de questão, os parlamentares podem votar como quiserem sem qualquer risco de serem punidos.

A bancada do PSDB --principal aliado do governo-- está rachada desde a votação sobre a denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Na ocasião, somente dois dos sete deputados votaram para barrar a denúncia. O partido tem 47 integrantes, a terceira maior bancada na Casa.

A decisão anunciada por Trípoli causou desconforto na bancada. O deputado Domingos Sávio (MG) afirmou que o acordo inicial era que haveria a liberação da bancada para votar como quiser e que o líder não iria fazer qualquer orientação de voto. O parlamentar é contra a autorização.

Sávio não participou da reunião da bancada tucana, mas disse ter conversado com Trípoli na véspera, que lhe assegurou tal posição.

Numa conversa em plenário, Sávio protestou contra a posição do líder para o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que foi exonerado do cargo de ministro da Secretaria de Governo para votar a favor de barrar a denúncia contra Temer.

"Isso é um absurdo", reclamou Sávio a Imbassahy. Questionado por repórteres sobre a posição do PSDB, Imbassahy disse que não iria se manifestar por não saber da decisão que havia sido tomada pela bancada.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCorrupçãoGoverno TemerJBSMichel TemerPSDB

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU