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PSDB e PMDB selam reaproximação

O encontro ocorreu horas depois de os mesmos peemedebistas se reunirem com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na residência oficial do Senado


	Senador Aécio Neves: encontro ocorreu horas depois de os mesmos peemedebistas se reunirem com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Senador Aécio Neves: encontro ocorreu horas depois de os mesmos peemedebistas se reunirem com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Geraldo Magela/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2016 às 11h17.

Brasília - Em jantar realizado nesta terça-feira, 9, em Brasília, integrantes da cúpula do PSDB e as principais lideranças do PMDB do Senado selaram reaproximação em busca de uma "alternativa" para uma saída da atual crise política e econômica do País.

O encontro ocorreu horas depois de os mesmos peemedebistas se reunirem com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na residência oficial do Senado.

Da parte dos tucanos, estiveram presentes o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), o líder do PSDB no Senado, senador Cássio Cunha Lima (PB), e os senadores Tasso Jereissati (CE), José Serra (SP) e Aloysio Nunes.

Do lado dos peemedebistas, compareceram o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o líder do partido na Casa, senador Eunício Oliveira (CE), e o senador Romero Jucá (RR).

"É o momento de maior aproximação das forças políticas para buscar uma solução para o País. Mas nenhum cenário foi decidido como o mais próximo, o mais viável, porque senão não agrega outras forças. Não podemos ficar paralisados vendo o país derretendo", afirmou Eunício Oliveira na saída do encontro.

"O PMDB e PSDB caminham juntos na busca de um entendimento para o País, não é contra ninguém. Não dá para dizer que o PMDB e o PSDB se juntaram agora para derrubar a Dilma, para fazer o impeachment, não é verdade", emendou.

Segundo senadores dos dois partidos que estiveram no jantar, "todos os cenários" foram traçados, como o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a cassação da chapa presidencial Dilma/Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e até a própria permanência da presidente.

"É um momento de conversa. Conversei inclusive hoje com ela (presidente Dilma)", afirmou Renan ao jornal O Estado de S. Paulo.

"Não há um consenso ainda de qual é a saída. O consenso é que nós vamos trabalhar juntos, encontrar uma saída, e é essencial aglutinar mais forças políticas para caminhar rapidamente para uma solução", afirmou o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), anfitrião do jantar.

Os tucanos querem se reaproximar do PMDB no momento em que o principal aliado do governo começa a dar sinais de um possível novo afastamento do Palácio do Planalto.

Segundo interlocutores, o presidente do partido, senador Aécio Neves (PSDB-MG), aposta que o PMDB saia mais oposicionista na convenção deste sábado, 12, o que aceleraria a reaproximação do tucanos iniciada com o jantar de ontem.

A dificuldade maior inicialmente para a reaproximação é o fato de setores do PMDB apresentarem certa resistência a Aécio em razão de o PSDB ter focado suas últimas ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em que os tucanos pedem a cassação da chapa presidencial de Dilma, o que inclui também a queda do vice-presidente da República, Michel Temer.

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