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"PSDB apoia e sustentará o governo", diz Aloysio Nunes

O ministro das Relações Exteriores também afirmou que há clima político no Brasil para aprovar as mudanças em andamento

Aloysio Nunes: “[O PSDB], na sua linha dominante, é um partido que está no governo" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Aloysio Nunes: “[O PSDB], na sua linha dominante, é um partido que está no governo" (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 1 de junho de 2017 às 16h16.

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, afirmou hoje (1), em Washington, que seu partido, o PSDB está no governo e tem consciência de seus compromissos, entre eles, apoiar as reformas em curso.

“[O PSDB], na sua linha dominante, é um partido que está no governo, que apoia o governo e que sustentará o governo”, disse.

Nunes também afirmou que há clima político no Brasil para aprovar as mudanças em andamento: “o presidente Temer, mais do que ninguém, tem hoje condições de angariar maioria parlamentar para aprovar as reformas”.

“Todos compreendem que estamos vivendo um momento de turbulência política no Brasil. Isso é inegável. Mas não há turbulência institucional. As instituições funcionam e é isso que conta nas relações externas dos países”, disse o ministro, após reunião com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que também reiterou que as instituições no Brasil estão funcionando e que os poderes continuam mantendo sua independência.

“Para mim, não me preocupa quando casos de corrupção são julgados. Isso é bom, e é assim que deve ser feito em todos os países. Me preocupa quando os casos de corrupção não são julgados. A Venezuela é o país mais corrupto do continente e é um dos dez países mais corruptos do mundo e não há um só caso julgado de corrupção no sistema político venezuelano”, afirmou Almagro.

O ministro Aloysio Nunes apresentou ao secretário-geral da OEA a possibilidade de que uma missão da organização acompanhe as próximas eleições no Brasil.

“Para nós, brasileiros, é uma ocasião a mais de aperfeiçoar aquilo que tem que ser aperfeiçoado e submeter o nosso processo de apuração de votos e de organização das eleições ao escrutínio internacional”, afirmou.

Política externa

Nunes também comentou sobre uma matéria publicada nesta quinta-feira (1) pelo jornal Folha de S. Paulo e que divulga um estudo que seria publicado hoje pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e que critica a política externa brasileira, desde o governo Fernando Henrique Cardoso, passando pelos governos Lula e Dilma até o atual governo.

“Evidentemente esse é um estudo de responsabilidade das pessoas que escreveram. A própria apresentação do texto, feita pelo ministro Moreira Franco, diz que [o estudo] não corresponde a uma posição do governo brasileiro” afirmou Aloysio Nunes.

Ele disse acreditar que a avaliação está errada e apontou como um dos principais pontos da política externa do governo Temer a mudança de posição com relação aos países do continente americano.

O ministro  das Relações Exteriores também comentou a carta divulgada hoje nas redes sociais por funcionários do Itamaraty e que manifesta preocupação com a política brasileira.

“Eu acho que a manifestação de funcionários públicos é uma manifestação livre, são cidadãos brasileiros, dizem o que pensam. Eu não faço caça às bruxas no Itamaraty e não farei” afirmou.

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