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PSDB altera vídeo com dado associado ao PCC

No vídeo, no lugar da frase “Ordem e Progresso” apareciam em negativo os números 15 3 3, símbolo da maior facção criminosa do País

PCC: a bandeira com a inscrição do crime organizado aparecia no sexto segundo do vídeo (Reprodução/Reuters)

PCC: a bandeira com a inscrição do crime organizado aparecia no sexto segundo do vídeo (Reprodução/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de setembro de 2018 às 09h27.

O primeiro vídeo da campanha presidencial de Geraldo Alckmin, candidato do PSDB, nas eleições de 2018, divulgado na terça-feira passada pelo seu comitê, trazia duas imagens da bandeira do Brasil em que, no lugar da frase “Ordem e Progresso” apareciam em negativo os números 15 3 3, símbolo da maior facção criminosa do País, o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Depois da repercussão em grupos de WhatsApp, a campanha alterou o vídeo, retirando as imagens da bandeira por meio de uma edição. Manteve, porém, todo o restante da produção.

No vídeo original, uma atriz negra anda pelo corredor de uma comunidade carente logo no início da peça publicitária, que tinha 1 minuto e 17 segundos de duração.

A bandeira com a inscrição do crime organizado aparecia no sexto segundo do vídeo. Mais adiante, quando o vídeo completava 1 minuto, a inscrição 15 3 3 aparecia novamente.

Os números são uma referência às letras P, a 15.ª letra do alfabeto, e C, a terceira letra. Eles são escritos por presidiários em panos e pintados no chão de presídios paulistas desde meados dos anos 1990, quando a facção foi criada por condenados do sistema prisional de São Paulo.

A reportagem procurou a campanha de Alckmin e a equipe de produção para saber onde foi feita a filmagem e se o vídeo seria ou não mantido na campanha do candidato tucano.

Até a conclusão da reportagem, nenhum deles havia respondido.

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