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PSDB adia lançamento de candidatura de Aécio

Lançamento da candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG) deverá ocorrer apenas depois da Semana Santa


	Aécio Neves: outro fator que foi considerado por parte da cúpula tucana para adiar lançamento do nome de Aécio é falta de acordo em relação à aliança nacional e estaduais
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Aécio Neves: outro fator que foi considerado por parte da cúpula tucana para adiar lançamento do nome de Aécio é falta de acordo em relação à aliança nacional e estaduais (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 18h00.

Brasília - Previsto inicialmente para ocorrer no final deste mês em São Paulo, o lançamento da candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG) será adiado e deverá ocorrer apenas depois da Semana Santa, na segunda quinzena de abril.

Com pesquisas do impacto dos veículos de comunicação junto aos eleitores em mãos, a estratégia dos tucanos é lançar a candidatura do presidente nacional do PSDB na disputa pelo Palácio do Planalto apenas após a propaganda partidária da legenda em rede nacional de rádio e TV ir ao ar.

"O mecanismo eficiente para comunicar com a população é a televisão. Então é para preparar o terreno para que o lançamento seja feito em outro patamar", afirmou o presidente estadual do PSDB em Minas e braço direito de Aécio, deputado federal Marcus Pestana.

A primeira investida do PSDB junto aos eleitores será feita por meio dos comerciais com duração máxima de cinco minutos que serão divulgados em todo o país nos dias 8, 10, 12 e 15 de abril. No dia 17, será a vez da vinculação do programa de 10 minutos em horário nobre, entre às 20h30 e 20h40 em rede nacional de televisão.

"É preciso ter clareza. Você tem as articulações partidárias e os eventos que são importantes, mas o que move a opinião pública, o que no frigir dos ovos é o mais importante, é a televisão. O índice de leitura dos jornais e revistas no Brasil é muito baixo, a internet tem um papel crescente, mas ainda periférico, o centro é a televisão", acrescentou o deputado mineiro.

Segundo ele, parte do programa, que já esta sendo produzido pela equipe de marketing, se dedicará à apresentação de Aécio e dos projetos realizados pelo senador quando comandou o Estado de Minas Gerais. Os tucanos também deverão bater na tecla de que é preciso haver mudanças e que o atual modelo de gestão do país do PT está em fase de "esgotamento".

"Precisamos falar para o pessoal do Norte, do Sul, do Centro-Oeste, do Nordeste, quem é o Aécio e o que o autoriza a propor uma mudança ao país. Ainda é uma etapa de pré-campanha onde a gente apresenta a necessidade de mudança, as diretrizes básicas, e o próprio presidente do partido", afirmou Pestana.


Além de apostar na exposição na televisão, outro fator que foi considerado por parte da cúpula tucana para adiar o lançamento do nome de Aécio é a falta de acordo em relação à aliança nacional e estaduais. "A orientação que o Aécio distribuiu foi a de que devemos nos concentrar nas alianças regionais e aproveitar essa confusão na base aliada do governo", afirmou o secretário-geral do PSDB, deputado Mendes Thame (SP).

"Você ainda tem as negociações com os partidos. Boa parte não tem definição e muitos vão se definir mais adiante. Acho que ainda há um tempo, não há nenhuma pressa nisso. Não está definido quem é o vice, as coligações", considerou o vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman.

Vice

Em relação à vaga de vice de Aécio, em meio aos rumores, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso negou nesta segunda-feira, 17, que pretenda ocupar o posto. Essa possibilidade foi aventada por alguns dirigentes tucanos após pesquisas qualitativas apontarem que o nome de FHC tem boa aceitação entre eleitores de várias idades.

"A hipótese do FHC não faz sentido", afirmou Goldman. Sobre qual nome deveria ser indicado, o dirigente não descartou a composição de uma chapa pura integrada apenas pelo PSDB. "Depende muito de um nome. É mais importante neste momento ter um nome expressivo do que decidir sobre a questão de um partido. Se o DEM tiver um nome que agregue e que provoque uma somatória, acho que vale a pena. Mas a possibilidade de chapa pura também existe e é forte, uma vez que a coligação não é muito ampla", afirmou.

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