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PSC recebe 455 mil assinaturas contra Feliciano

O partido pediu 30 dias para avaliar a conduta do deputado no comando da comissão Direitos Humanos da Câmara

Manifestantes protestam contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC) (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Manifestantes protestam contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC) (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2013 às 13h37.

Brasília - Ativistas que realizam uma petição online contra a presença do pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da comissão de Direitos Humanos da Câmara  fizeram na manhã de hoje uma entrega simbólica para as lideranças do partido de 455 mil assinaturas.

Eles foram recebidos por André Moura, líder do PSC, Everaldo Dias Pereira, vice-presidente do partido, e outros integrantes da cúpula do partido. Segundo o relato, o partido pediu 30 dias para avaliar a conduta de Feliciano no comando da comissão.

"O que o líder nos pediu foi que, como houve a decisão dele (Feliciano) de continuar, seja dado um prazo de 30 dias para exercer o cargo e, se houver algum deslize, o próprio partido abrirá um processo disciplinar contra ele", disse Pedro Abramovay, diretor de campanhas da Avaaz, uma entidade de mobilizações pela internet.

Os ativistas disseram não aceitar o prazo por entender que as atitudes anteriores de Feliciano já tiram sua condição de presidir o colegiado. "As declarações feitas por ele não podem ser taxadas como um deslize, há uma constatação de ofensas aos direitos humanos", afirmou Abramovay.

Autor da petição, Bruno Maia afirma que a pressão vai continuar e que novos protestos de rua serão realizados em São Paulo nos próximos dias pedindo a renúncia do pastor.

Abramovay destacou o apoio de 455 mil pessoas ao tema e disse considerar a adesão uma vitória sobre Feliciano. Em petição no seu site, o pastor computa o apoio de 292 mil pessoas a sua permanência. "Nunca imaginamos que teríamos apoio maior do que um pastor, que tem toda a estrutura da igreja".

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