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Por Bolsonaro, PSC prepara representação contra Jean Wyllys

Deputado do PSOL cuspiu em Jair Bolsonaro durante votação de impeachment, depois que Bolsonaro dedicou seu voto ao coronel Brilhante Ustra, acusado de tortura


	Jean Wyllys (PSOL): deputado diz que foi insultado por Bolsonaro, que dedicou o voto a um torturador da ditadura e teria tentado segurar o braço de Wyllys.
 (Agência Brasil/Marcelo Camargo)

Jean Wyllys (PSOL): deputado diz que foi insultado por Bolsonaro, que dedicou o voto a um torturador da ditadura e teria tentado segurar o braço de Wyllys. (Agência Brasil/Marcelo Camargo)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2016 às 13h56.

O PSC Nacional vai encaminhar, até a próxima semana, ao Conselho de Ética da Câmara representação contra o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) que, durante a votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, cuspiu na cara do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Assessores do partido explicaram que, com o feriado, muitos parlamentares já não estão em Brasília, mas que o documento está sendo elaborado.

A expectativa não é pela cassação do mandato de Wyllys, mas o PSC espera “alguma reprimenda” por considerar que o parlamentar não teve “comportamento adequado” no plenário da Casa.

“Qualquer ato de violência precisa ser reprimido, esta é a convicção do partido. Que isto seja uma medida didática e lúdica”, completou um dos assessores da legenda.

Wyllys disse ter sido insultado por Bolsonaro que, segundo ele, ainda tentou agarrar seu braço. Acrescentou que não tem medo de processo por quebra de decoro parlamentar e que cuspiria no colega novamente.

Brilihante Ustra

Perguntados pela Agência Brasil sobre a homenagem prestada por Bolsonaro, durante o voto a favor do impeachment, ao coronel Brilhante Ustra, funcionários do PSC explicaram que a legenda é democrática e “costuma conceder aos deputados muita liberdade de expressão, mas não necessariamente endossa as opiniões”.

Desde a votação, o partido não se reuniu para discutir a declaração de Bolsonaro exaltando o ex-chefe-comandante do Destacamento de Operações Internas (DOI-Codi) de São Paulo no período de 1970 a 1974, acusado de torturar diversas pessoas, incluindo a presidente Dilma Rousseff.

Em maio de 2013, na Comissão Nacional da Verdade, Ustra negou que tivesse cometido qualquer crime durante seu período no comando do DOI-Codi.

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