Beto Albuquerque: "Marina e o Eduardo se reuniram neste final de semana e acertaram os detalhes. Ainda não consegui falar com ele, mas a formalização da aliança será antes do prazo de desincompatibilização, ainda em março" (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2014 às 14h59.
Brasília - A formalização da chapa do PSB para a eleição presidencial deste ano com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva deve acontecer em março, apesar de ainda haver resistências a esse anúncio nos partidários de Marina, que articulam a criação da Rede Sustentabilidade.
O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), disse que ainda não há uma data definida, mas que a formalização deve ocorrer até o final deste mês, antes do prazo de desincompatibilização imposto pela lei eleitoral, em 4 de abril.
"A Marina e o Eduardo se reuniram neste final de semana e acertaram os detalhes. Ainda não consegui falar com ele, mas a formalização da aliança será antes do prazo de desincompatibilização, ainda em março", disse o parlamentar à Reuters.
Procurada, a assessoria de Marina negou que a data esteja definida.
Segundo Albuquerque, logo após Campos deixar o governo pernambucano, tentará percorrer com Marina pelo menos 250 cidades das 400 que concentram percentual maior do eleitorado até o início da campanha eleitoral no rádio e na TV.
"Há 400 cidades que agregam cerca de 85 por cento do eleitorado brasileiro. Vamos focar nesses lugares e 250 eles irão visitar, juntos ou separados, até o início da campanha", explicou o parlamentar.
Albuquerque se mostrou animado com o ritmo da pré-campanha de Campos e Marina, apesar das pesquisas mais recentes demonstrarem que o desempenho da aliança entre os dois é melhor quando a ex-senadora é a candidata e Campos fica na vice.
Essa possibilidade, no entanto, está descartada, tanto por Marina quanto pelo governador.
"Nas pesquisas que fizemos em São Paulo, quando são apresentadas as chapas, não apenas o nome do candidato, nós ficamos à frente do Aécio (Neves, provável candidato do PSDB à Presidência)", disse Albuquerque.
Segundo ele, nesses cenários foram levados em conta a chapa Campos e Marina, Aécio e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e a presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer. Ainda não há sinalização clara de quem deve ser o vice de Aécio.
Nessas simulações, em São Paulo, Albuquerque disse que Dilma lidera com 37 por cento, Campos ficaria em segundo com 25 por cento e Aécio em terceiro com 20 por cento.
O líder socialista ressaltou que a disputa que importa para o PSB nesse momento é chegar ao segundo turno e que, por isso, é um bom sinal estar à frente de Aécio em alguns cenários. Ele não deu detalhes sobre o resultado nacional da pesquisa interna.